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Mosca branca e Helicoverpa são temas de Fórum na Agrobrasília 2013

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O segundo dia da Agrobrasília 2013, feira que será encerrada no sábado (18) no Parque Tecnológico Ivaldo Cenci, no PAD-DF, foi marcado pelo Fórum Brasileiro sobre Mosca Branca e Helicoverpa. O evento reuniu mais de mil pessoas na quarta-feira (15) no auditório Buriti. "A Agrobrasília está atenta aos temas que tiram a rentabilidade do agricultor brasileiro, por isso é que este Fórum está sendo realizado", afirmou o presidente da feira, Leomar Cenci.

 

 

Com relação à questão da ocorrência de lagartas em áreas agrícolas do Brasil, especialmente do gênero Helicoverpa, o chefe-geral da Embrapa Cerrados, José Roberto Peres, repassou informações sobre as ações já tomadas visando à redução dos níveis populacionais desses insetos nas lavouras do Cerrado brasileiro. "Um grupo de especialistas da Embrapa se reuniu e elaborou um documento que elenca essas ações emergenciais. Além disso, está sendo criado um consórcio, no âmbito do Ministério, que contará com a participação de instituições públicas e privadas envolvidas no problema, para acompanhar a implantação de todas as ações propostas", destacou.

 

 

"Esse momento gravíssimo para a agricultura brasileira se torna uma grande oportunidade de reaproximação da pesquisa com o setor produtivo. Precisamos voltar a pensar num sistema de produção de forma integrada", enfatizou Peres. Segundo ele, não há como negar que, ao longo dos anos, a chegada de algumas tecnologias acabou gerando certo acomodamento. "Mas, temos que lembrar que os problemas da agricultura são dinâmicos e devemos estar sempre atentos, se possível inclusive antecipando situações de risco".

 

 

Na parte da manhã, as apresentações do Fórum foram reservadas à questão da mosca branca. A pesquisadora da Embrapa Arroz e Feijão, Eliane Quintela, tratou dos impactos dessa praga nas lavouras. Em seguida, a chefe do Núcleo de Sanidade Vegetal da Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal (Seagri), Lara Pereira, repassou informações sobre a portaria de implantação do vazio sanitário do feijão no DF. Houve ainda espaço para que os produtores pudessem dar depoimentos e, também, para que experiências internacionais de combate à praga fossem compartilhadas, como as repassadas pelo entomologista Luko Hilje, consultor da Consuplaga S.A, da Costa Rica.

 

 

Helicoverpa

 

 

Na parte da tarde, o foco do Fórum se voltou para a Helicoverpa. O pesquisador do Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), Walter Jorge, tratou do impacto da Helicoverpa spp. nas culturas. Segundo ele, em termos econômicos, se for levada em consideração as safras 2011/2012 e 2012/2013, as perdas e custos de controle dessa praga já somam R$ 2 bilhões.

 

 

Em seguida, o entomologista Celso Omoto, da USP, abordou o exemplo do programa fitossanitário desenvolvido na Austrália e a proposta para a região da Bahia. Coube ao engenheiro agrônomo Celito Breda tratar das ações adotadas pelos produtores do Oeste da Bahia para combater essa praga e ao consultor australiano Anthony Hawes falar sobre a experiência da Austrália relacionada à Helicoverpa armigera.

 

 

O Fórum também contou com a participação do coordenador-geral de Proteção de Plantas da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Carlos Artur Franz. Segundo ele, um dos desafios da Secretaria é proteger o território brasileiro de pragas exóticas de importância econômica, as chamadas pragas quarentenárias. "O Mapa trabalha com as pragas quarentenárias visando à prevenção da entrada delas no país". Ele apresentou a estrutura de vigilância do Brasil. "Como possuímos muitos pontos de entrada, o ingresso dessas pragas no território brasileiro muitas vezes é facilitado". Ele informou, no entanto, que existem iniciativas do Ministério no sentido de fortalecer esse sistema de vigilância, especialmente para a cultura do algodão. 

Acesse aqui o documento com as ações emergenciais propostas pela Embrapa para o manejo integrado de Helicoverpa spp. em áreas agrícolas.

 

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Juliana Caldas (4861/DF)
Embrapa Cerrados
juliana.caldas@embrapa.br
(61) 3388 9945

 

 

 

 

 

Embrapa Cerrados

Mais informações sobre o tema
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