Tecnologias apresentadas pela Embrapa no Agrishow 2006
Tecnologias apresentadas pela Embrapa no Agrishow 2006
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, apresenta aos visitantes da 13ª Feira Internacional de Tecnologia em Ação-Agrishow 2006, as novidades com as pesquisas realizadas no espaço; estudo em cana-de-açúcar orgânica; sistema de hidroconservação por meio líquido; lançamento de um novo programa de transferência de tecnologia para capacitação de técnicos e produtores, além de projetos de pesquisas com aplicação de tecnologia da informação para desenvolvimento do agronegócio.
As tecnologias da Embrapa estarão expostas no estande do Ministério da Agricultura de 15 a 20 de maio, no Núcleo de Tecnologia da Alta Mogiana, em Ribeirão Preto- SP.
Experimento que foi levado ao espaço pelo astronauta Marcos Pontes – Demonstração de uma réplica do experimento da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília-DF) que fez parte da Missão Centenário para avaliar a germinação de sementes de gonçalo-alves em microgravidade. Essa espécie faz parte do programa de conservação da Unidade. Serão levadas também mudas e frutos de gonçalo-alves.
Bioinseticidas para controle biológico de mosquitos transmissores de doenças e pragas agrícolas - A Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia desenvolveu, em parceria com a empresa Bthek Biotecnologia, do Distrito Federal, dois bioinseticidas para controlar mosquitos transmissores de doenças. Os produtos, que já estão sendo fabricados em escala comercial, são: Sphaerus SC – Tem ação comprovada no controle das larvas do mosquito urbano, também conhecido como pernilongo, e do mosquito transmissor da malária.Foi desenvolvido à base de uma bactéria que ocorre naturalmente no meio ambiente, denominada Bacillus sphaericus, recomendada pela Organização Mundial de Saúde para campanhas de combate a mosquitos transmissores de doenças. BT-horus SC - Atua no controle do mosquito transmissor da dengue (Aedes aegypti), da febre amarela e de borrachudos. Foi desenvolvido a partir de uma bactéria conhecida como Bt (Bacilus thuringiensis), amplamente utilizada em programas de controle biológico em todo o mundo.
Utilização de feromônios para controle biológico do percevejo da soja - A Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia está desenvolvendo pesquisas com semioquímicos (feromônios) para controle e monitoramento de percevejos que atuam como pragas na cultura da soja no Brasil. Os feromônios são os mais importantes elementos da comunicação entre os insetos. São substâncias químicas de cheiro peculiar, presentes em cada espécie, que atuam como meios de comunicação. Na natureza, os feromônios são responsáveis pela atração de indivíduos da mesma espécie para acasalamento, demarcação de território e outros tipos de comportamento. Os cientistas reproduzem, em laboratório, as condições observadas na natureza para monitorar o comportamento dos insetos-praga e interromper a sua reprodução. As pesquisas estão sendo conduzidas em parceria com a empresa privada Biocontrole – Métodos de Controle de Pragas Ltda. e vão resultar no desenvolvimento do primeiro produto biológico à base de semioquímicos para controle do percevejo marrom da soja no Brasil. O produto chegará ao mercado ainda em 2006.
Conservação de espécies vegetais – A Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia investe desde a sua criação no resgate e conservação de espécies vegetais de importância sócio-econômica. Essas espécies são conservadas em seus locais de origem, em bancos de germoplasma, e em câmaras frias, a 20ºC abaixo de zero, onde podem permanecer por até 100 anos. As espécies que não suportam baixas temperatura e umidade são conservadas in vitro. Levaremos para a exposição sementes de espécie utilizadas na alimentação, que demonstrem a variabilidade genética das espécies conservadas.
Biodiversidade –Há mais de 20 anos, a Embrapa Monitoramento por Satélite vem desenvolvendo métodos para avaliação da biodiversidade em sistemas agrícolas, com aplicação em diversos tipos de propriedades rurais. O objetivo é avaliar o papel da agricultura na conservação da biodiversidade faunística. Uma área total de 8 mil hectares foi objeto de levantamentos intensivos da fauna, durante um ano, que identificaram 248 espécies - num plantio convencional de cana, não se contam mais do que 30. A dinâmica do uso das terras na área estudada foi toda documentada com base em imagens de satélite e trabalhos de campo, permitindo quantificar e espacializar os ganhos de biodiversidade. Só para se ter uma idéia da riqueza, o número de espécies de aves registrado nas propriedades estudadas é superior ao total da avifauna da Suíça e quase de metade da avifauna da Europa. Estudos como esse devem contribuir para o desenvolvimento de indicadores para culturas e sistemas de produção. O projeto foi realizado em parceria com a Native Alimentos.
Brasil em Relevo- A Embrapa Monitoramento por Satélite gerou um conjunto de imagens em que qualquer usuário pode sobrevoar o relevo brasileiro e visualizar a topografia de cada Estado, através da Internet. É o Brasil em Relevo, gerado a partir de dados do ônibus espacial Endeavour, da Nasa. O Brasil foi um dos primeiros países no mundo a disponibilizar estas imagens cobrindo todo o território. Os dados podem ser aplicados, por exemplo, em programas de manejo de bacias hidrográficas, de melhoria da infra-estrutura rural, conservação de solos, no apoio ao cumprimento do código florestal e na melhoria da cartografia topográfica disponível. O site apresenta vídeos em 3D e um "sobrevôo" em regiões como de Iperó (SP), onde há uma elevação de 700 metros isolada em meio a um lugar plano, a Serra do Corumbataí, o encontro do Rio Piracicaba com o Tietê, e os restos da antiga cratera do vulcão de Poços de Caldas, em Minas Gerais. O trabalho teve um custo de R$ 500 mil e atende a um público variado, que vai desde técnicos e pesquisadores até agricultores, professores e estudantes de todos os níveis. http://www.relevobr.cnpm.embrapa.br
Defesa sanitária - A Embrapa Monitoramento por Satélite e a Secretaria de Defesa Agropecuária, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, assinaram convênio para a estruturação de um Sistema de Gestão Territorial da Faixa de Fronteira do Brasil com o Paraguai, Bolívia, Peru e Argentina. O sistema vai apoiar as ações na prevenção, controle e monitoramento de riscos sanitários vegetais e animais, com ênfase na febre aftosa. Brasil e Paraguai já firmaram entendimentos para fazerem o cadastramento das propriedades criadoras de gado bovino e um inventário dos rebanhos localizados num raio de 25 km de ambos os lados da fronteira. Imagens de satélite de alta resolução já foram adquiridas, cobrindo um raio de mais de 100 km dentro do território paraguaio e brasileiro. Uma base de dados da região integrará o sistema com informações sobre infra-estrutura, rede viária, dados estatísticos, entre outros, em ambiente de Internet de fácil acesso e utilização. Cada prefeitura poderá receber um pacote de informações sobre seu município, favorecendo a articulação local. Um segundo módulo será entregue aos governos estaduais. O projeto tem um investimento de R$ 1,8 milhões.
Gestão territorial - Desenvolvido pela Embrapa, com o apoio da FAPESP e em parceria com a UNICAMP, IAC e ABAG-Ribeirão Preto, o Sistema de Gestão Territorial abrange uma área de cerca de 52 mil km2, incluindo 125 municípios do Estado de São Paulo, e utiliza imagens de diversos satélites para o mapeamento do uso e cobertura das terras entre os anos de 1988 e 2003. O estudo permite a avaliação de políticas públicas e dos impactos ambientais, sociais e econômicos da atividade agropecuária e possibilita ainda a construção de cenários de acordo com as políticas ambientais e agrícolas adotadas.
Tecnologias deixam os laboratórios e vão para as empresas - A Embrapa Instrumentação Agropecuária mostra de 15 a 20, na 13ª edição da Agrishow, em Ribeirão Preto, cinco tecnologias transferidas recentemente para empresas privadas de São Carlos, via Programa de Apoio ao Desenvolvimento de Novas Empresas de Base Tecnológica Agropecuária e à Transferência de Tecnologia (Proeta), financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). As empresas foram criadas especificamente para produzir, comercializar ou disponibilizar tecnologias como a língua eletrônica; analisador de pureza de café em pó; tomógrafo de campo; fotorreator para tratamento de resíduos de pesticidas em água; processo misto para desinfecção e aproveitamento na agricultura de lodo de esgoto e resíduos vegetais, todas previstas para estarem no mercado em um ano.
Tomógrafo Computadorizado Portátil para Estudos de Solos e Plantas - O equipamento permite a análise detalhada de solos – compactação, raízes e umidade – e troncos de árvores com até 30 cm de diâmetro, além do estudo de estruturas de concreto. A técnica tomográfica, além de não destruir a amostra, permite a visualização no próprio local.
As imagens ainda possibilitam, em qualquer localização do campo experimental, estudar a distribuição de densidades, estrutura do solo, visualização não-destrutiva de raízes, seleção de matrizes de árvores, ataques de cupins e formigas no interior de árvores, identificação, medição dos materiais componentes.
Língua Eletrônica - É dez vezes mais sensível que paladar humano na avaliação de bebidas. O aparelho permite com rapidez, precisão, simplicidade e a um custo baixo, verificar a qualidade da água, a presença de contaminantes, pesticidas, substâncias húmicas e metais pesados. A Língua Eletrônica diferencia sem dificuldade os padrões básicos de paladar, doce, salgado, azedo e amargo, em concentrações abaixo do limite de detecção do ser humano. No café, a Língua é capaz de avaliar e classificar, segundo o seu paladar, qualidade, regiões e possivelmente produtores, detectar adulterações nos produtos comercializados e monitorar a consistência de paladar e qualidade dos produtos produzidos no país.
Hoje, os testes para avaliação do paladar de bebidas são feitos por degustadores, enquanto que a avaliação de água é feita por análise química em laboratório e são bastante demorados. Com a Língua Eletrônica é possível fazer testes contínuos na linha de produção em tempo real e em segundos e é uma ferramenta para auxiliar o degustador, permitindo medidas contínuas e de maior precisão.
Fotorreator - Tecnologia para tratamento de resíduos químicos em água, gerados em laboratórios, institutos de pesquisa e pequenas empresas permite rápida adaptação para uso em tratamento de grandes quantidades de água contendo resíduos de pesticidas, porque pode ser instalado diretamente no reservatório de água. O Fotorreator faz o tratamento pelo processo de fotólise. A radiação ultravioleta tem energia para quebrar sucessivamente as ligações químicas das moléculas de pesticidas, transformando o resíduo inicial em CO2 e H2O, ao contrário dos métodos tradicionais, cloração e filtração, que geram subprodutos e são, em geral, ineficientes para resíduos de pesticidas. O equipamento ainda tem outras vantagens, como o fato de ser compacto, silencioso, baixo investimento, usar catalisador que acelera o processo de fotodegradação dos pesticidas, utilização 24 horas por dia e também em circuito fechado, para processo contínuo.
Adubo orgânico a partir de lodo de esgoto - Outra novidade que a Embrapa Instrumentação Agropecuária apresenta na Agrishow é o processo misto para desinfecção e aproveitamento de lodo de esgoto e resíduos vegetais na agricultura. A pesquisa concluída há dois anos mostrou que é possível transformar lodo de esgoto doméstico em adubo orgânico empregando métodos de biodigestão. O acompanhamento do processo foi feito através de análises químicas convencionais e técnicas laboratoriais avançadas, que utilizam campos magnéticos e radiofreqüência para verificar a composição, o potencial fertilizante, o grau de humificação do fertilizante obtido pelo processo de biocompostagem.
O medidor de impurezas no pó de café detecta em segundos e com precisão, o grau de impurezas em pó de café que chega, às vezes, a 85%, quando o permitido pela legislação é de até 1%.
As técnicas utilizadas atualmente são demoradas e feitas a "olho nu" ou por lupa e ainda precisam de tratamento prévio da amostra, como lavagem com clorofórmio e secagem. Todo o processo leva de algumas horas a dias. Assim, as técnicas atualmente aplicadas não fornecem confiança devido à subjetividade e a incapacidade de distinguir automaticamente uma partícula de café de sua sombra. O sistema desenvolvido pela Embrapa substitui com vantagens os inconvenientesacima, porque o emprego da técnica fototérmica é simples, de fácil manejo, não é destrutivo, proporcionando um trabalho rápido, confiável e limpo.
Hidroconservador - Lançado no final de abril, é outro destaque que os visitantes da feira terão a oportunidade de conhecer. Esta técnica permite aumentar o tempo de prateleira dos produtos vegetais frescos através da redução da temperatura de armazenamento, sem o perigo de congelar os produtos armazenados. Os testes realizados preliminarmente mostraram que a nova metodologia permite armazenar produtos frescos com segurança à apenas 0,4ºC acima do ponto de congelamento. Com a couve-manteiga, por exemplo, o ganho foi superior a 100% no tempo de prateleira quando comparado a metodologia convencional.
Outras tecnologias já reconhecidas também estarão expostas, como o espectrômetro de ressonância magnética nuclear, aparelhos de ultra-som para detectar prenhez em pequenos e grandes animais e sistema para saneamento básico na zona rural.
Análise em segundos e sem destruir a semente - Num momento em que o biodiesel surge como uma alternativa de diminuição da dependência dos derivados de petróleo, a Embrapa Instrumentação Agropecuária oferece a sua contribuição desenvolvendo metodologias inéditas e equipamentos de última geração, como o aparelho de ressonância magnética para análise não-destrutiva e instantânea do teor de óleo em sementes de diferentes culturas, como soja, amendoim, girassol. No momento está sendo adaptado para a mamona. Os visitantes da feira terão a oportunidade de conhecer o equipamento adquirido pela Petrobrás e que está sendo implementado para analisar o teor de óleo em mamona.
Fossa Biodigestora - Sistema substitui fossa negra e gera adubo orgânico com qualidade. A Fossa Biodigestora é um sistema simples e barato de tratar o esgoto na zona rural, onde falta saneamento básico. Nesse sistema, a tubulação do vaso sanitário é desviada para caixas de amianto, nos quais os coliformes fecais são transformados em adubo orgânico, pelo processo de biodigestão. O processo de biodigestão do esgoto doméstico, é rico em macro e micronutrientes e pode ser utilizado para complementar a adubação de NPK na ordem de, aproximadamente, 4.200 kg por ano, o que pode representar uma economia para o produtor em torno de três mil reais anualmente com a aquisição de adubo. Desenvolvido para promover o saneamento básico na zona rural, a Fossa Séptica Biodigestora, que inclui o Clorador Embrapa, recebeu o Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social 2003 da região Sudeste do país.
Clorador - Água saudável e com custo baixo é o resultado de um aparelho desenvolvido parabeneficiar o homem do campo. O Clorador Embrapa é simples, barato, eficiente e pode ser montado pelo próprio usuário. Sua finalidade é clorar a água nas propriedades rurais. A água clorada pode evitar doenças comuns, como diarréia, hepatite, tifo e salmonelose. O consumo de água clorada na proporção correta não é prejudicial e combate a contaminação por fezes humanas e de animais.
Detector de prenhez em éguas e vacas - O instrumento de ultra-som, pelo toque transretal, detecta a prenhez com 100% de acerto em éguas e vacas, respectivamente com 22 e 35 dias após a cobertura. No método tradicional o resultado só é possível após 60 dias , por meio de apalpação manual.
O aparelho foi desenvolvido para facilitar o diagnóstico precoce da prenhez, através do Efeito Doppler das ondas contínuas, que se refletem nas artérias, veias, paredes, válvulas e cavidades cardíacas, como também nas hemáceas do fluxo sangüíneo. Ondas mecânicas de frequência ultra-sônica e de baixa potência são enviadas para dentro do corpo do animal através de um transdutor e, após se refletirem nas artérias, veias, coração ou válvulas, retornam ao transdutor produzindo sinais elétricos que são amplificados e um som equivalente ao batimento cardíaco fetal pode ser ouvido pelo perito.
Prenhez pode ser detectada com 100% de acerto com o aparelho de detectar prenhez em caprinos e eqüinos. Ele utiliza o ultra-som, é eletrônico e funciona com seis pilhas comuns. Através deste aparelho foi possível detectar a prenhez em cabras 23 dias após a cobertura. Este aparelho é semelhante ao Detector de Prenhez para Bovinos e Eqüinos, que é um instrumento de ultra-som, também desenvolvido pela Embrapa Instrumentação Agropecuária. Através dele é possível, pelo toque transretal, detectar a prenhez com 100% de acerto em éguas e vacas, respectivamente com 22 e 35 dias após a cobertura. No método tradicional o resultado é só é possível após 60 dias, por meio da apalpação manual. Utilizando essa tecnologia, já comercializada pela indústria, o produtor pode economizar recursos significativos com o manejo necessário no período gestacional.
Ultra-som - A medida da espessura de toucinho no animal vivo é fundamental para programas de melhoramento que exigem uma informação sobre a qualidade da carcaça dos animais disponíveis para seleção. Os reflexos econômicos do uso do ultra-som em programas de seleção, multiplicam-se em razão dos ganhos genéticos (diminuição espessura de toucinho) serem permanentes e transferidos para terceiros através da venda de reprodutores.
O uso do aparelho de ultra-som substitui a régua metálica, de difícil manuseio, diminuindo em 80% o tempo necessário para a tomada da espessura do toucinho; é indispensável para programas de melhoramento genético; permite selecionar com precisão animais com menor espessura de toucinho, uma vez que a herdabilidade da característica da espessura de toucinho é alta (0,50). Hoje, os grandes abatedouros frigoríficos já não compram mais suínos com base no peso vivo. Eles adquirem carcaças, cujo preço por quilo varia em função do percentual de carne. Um estudo recente mostra que para cada milímetro de redução da espessura de toucinho medida entre a última e a penúltima costela, estima-se um aumento de 0,66% de carne na carcaça.Tecnologias da Embrapa Informática Agropecuária (Campinas-SP)
Agência de Informação Embrapa - é um serviço disponível na internet para a sociedade, que contém informações técnico-científicas e socioeconômicas geradas pela Embrapa, em linguagem acessível ao público em geral.
O objetivo é prover e ampliar o acesso à informação aos diversos segmentos da sociedade interessados na produção e no negócio agrícola, melhorando o processo de transferência de tecnologia.
Agritempo - é um sistema de monitoramento que permite o acesso, pela internet, às informações meteorológicas e agrometeorológicas de diversos municípios e estados brasileiros. Resultado de parceria entre diversas instituições nacionais, o Agritempo é um consórcio que organiza e administra um conjunto de mais de mil estações meteorológicas espalhadas pelo País.
Os recursos computacionais permitem consultas à base, geração de boletins agrometeorológicos, mapas e gráficos. Além dos dados meteorológicos, o sistema gera diariamente mais de 800 mapas referentes a estiagem, evapotranspiração, dias com chuva para todo o Brasil, entre outros.
Diagnose Virtual - É um sítio na internet dirigido à área de sanidade animal e vegetal, que possibilita o diagnóstico remoto de doenças. Está disponível um sistema especialista para diagnóstico de doenças de milho, que permite que agrônomos, produtores e extensionistas diagnostiquem, pela web, doenças de sua plantação de milho.
Também permite que os usuários entrem em contato com os fitopatologistas da Embrapa, por meio de correio eletrônico, chat, lista de discussão, entre outros. O sistema pode ser acessado pelo portal da Embrapa ou diretamente no endereço: http://diagnose.cnptia.embrapa.br.
Rede de Agroecologia - A Embrapa Informática Agropecuária (Campinas, SP) participa de duas ações de pesquisa em redes de agroecologia, desenvolvendo sítios na internet para a Rede Regional de Agroecologia Mantiqueira-Mogiana e para a Articulação Nacional de Agroecologia (ANA). Os sítios organizam informações sob a forma de notícias, agenda de eventos, artigos, fóruns de discussão, álbum de fotos e a árvore do conhecimento, dentre outras funcionalidades.
A agroecologia reúne um conjunto de princípios, conceitos e metodologias, a partir de um enfoque sistêmico, fornecendo as bases para promover a transição para a agricultura sustentável e também para a produção de alimentos mais saudáveis e naturais.
Geolaranja - O Sistema de Georreferenciamento de Pés de Laranja (GeoLaranja) possibilita a contagem automática do número de pés de laranja, a partir de imagens digitais de pomares. Um dos objetivos do sistema é melhorar a metodologia atual de estimativa do estoque de pés de laranja no Brasil, facilitando o monitoramento e a previsão da produtividade da cultura.
Utilizando imagens de satélite com alta resolução espacial, como os satélites Ikonos (1 metro) e QuickBird (0,6 metro), é possível identificar, de maneira individual, os pés de laranja em uma determinada área, diminuindo a necessidade de amostragem e consulta utilizadas atualmente.
Bioinformática - Um dos grandes desafios atuais para a saúde pública é a descoberta de novos alvos para o desenvolvimento desde vacinas até a produção de uma nova geração de antibióticos. Para isso, é fundamental interpretar o grande volume de informações geradas pelos projetos de seqüenciamento de genomas. Em paralelo, é altamente viável a inserção dessas aplicações em biotecnologia de plantas, insetos, fungos e bactérias, áreas primordiais para o desenvolvimento da agropecuária.
Esse conhecimento depende necessariamente de ferramentas de bioinformática, uma ciência multidisciplinar, que reúne especialistas em biologia, química, física, matemática e tecnologia da informação. O laboratório de Bioinformática Estrutural da Embrapa Informática Agropecuária desenvolve ferramentas e bases de dados de conhecimento para a análise de estruturas e complexos de proteína, como o Sting, um conjunto de software com mais de 30 módulos para visualização e análise de estruturas tridimensionais de proteínas.
Rede AgroLivre - A Rede de Software Livre para Agropecuária - Rede AgroLivre contribui para aumento da oferta de software livre para o agronegócio, tornando disponível, via internet, vários produtos de software desenvolvidos pela Embrapa e instituições parceiras. Propicia o desenvolvimento colaborativo de aplicativos na área agropecuária e de apoio à pesquisa, permite compartilhar com a comunidade o estado-da-arte em tecnologia da informação e promove a transferência de conhecimento e de tecnologia. Objetiva, ainda, a adoção gradativa de software livre nas áreas técnica e administrativa da Embrapa, com economia de recursos financeiros.
Lançamentos
A Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos, SP) lançará, durante a Agrishow 2006, um novo programa de transferência de tecnologia, junto com o Senar/SP, para capacitação de mais de 100 técnicos. Vai também firmar um convênio com o Banco do Brasil, para projetos regionais de desenvolvimento sustentável.
O lançamento do programa com o Senar / SP, no valor de R$ 195 mil, ocorrerá no dia 16 de maio, e prevê o treinamento, por parte dos pesquisadores da Embrapa Pecuária Sudeste, de 100 técnicos para trabalhos de extensão rural, que irão depois atuar junto a pecuaristas, no Estado de São Paulo, em programas de transferência de tecnologia,
principalmente para pequenos produtores de leite. Os treinamentos serão feitos pela Embrapa, em parceria com a Fundação ParqTec – Fundação Parque de Alta Tecnologia de São Carlos. O material técnico e didático, como cartilhas e manuais, será fornecido pela Embrapa.
No dia 18 demaio, no estande do Banco do Brasil na Agrishow 2006 (em Ribeirão Preto) a Embrapa Pecuária Sudeste e o Banco do Brasil firmarão protocolo de intenções, para apoio a grupos de produtores, em projetos de transferência de tecnologia que promovam o desenvolvimento regional sustentável, com inclusão social, cuidados ambientais e ganhos econômicos e tecnológicos para as comunidades. O Banco do Brasil vai conceder crédito a grupos de produtores, com assistência e monitoramento da Embrapa Pecuária Sudeste.
Capacitação de produtores - A obtenção de lucro em pequenas propriedades produtoras de leite, antes deficitárias, o aumento da renda do pequeno produtor, a redução do êxodo rural e o aumento da produção e produtividade de leite (litros / hectare / ano), de 12 a 15 vezes. Esses são os principais resultados do projeto de pesquisa e desenvolvimento, realizado pela Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos-SP), em mais de 200 pequenas propriedades, nos Estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
São pequenos pecuaristas, com terras de dois a 20 hectares, que foram ou são diretamente assistidos, mas os resultados práticos vão além desse número, devido ao "efeito multiplicação", pelo qual muitos produtores da região passam a se interessar pelos progressos obtidos por seus vizinhos. Além disso, os parceiros da Embrapa nesse trabalho – órgãos de extensão rural e cooperativas - também podem levar a experiência a outros produtores e regiões. O projeto é dirigido tanto a produtores como a técnicos da extensão rural.
Cerca de 90% dos produtores assistidos pela Embrapa Pecuária Sudeste conseguiam produção diária de até 80 litros no início dos trabalhos.
Após o processo de tecnificação, passaram a obter de 300 litros a mais de mil litros / dia. Mas o indicador mais importante na atividade, que é a produção de leite por hectare / ano, foi elevada de 12 a 15 vezes.
Características inovadoras - Todas as atividades são realizadas nos sítios e chácaras dos pecuaristas, que não são apenas unidades demonstrativas, mas verdadeiras "salas de aula", com a presença constante dos técnicos da Embrapa Pecuária Sudeste e do órgão parceiro da extensão rural; obrigatoriedade do trabalho conjunto entre a Embrapa e um órgão de extensão rural ou uma cooperativa. Os pesquisadores da Embrapa Pecuária Sudeste visitam a propriedade a cada três meses, enquanto os técnicos da cooperativa ou da extensão rural têm presença constante, pois eles trabalham e moram no mesmo município - ou município vizinho - do produtor assistido; repasse não só de tecnologias, mas também de práticas de gerenciamento e contabilidade, com a exigência de escrituração em todos os passos.
Muitos desses produtores são pequenos pecuaristas que estavam a ponto de abandonar a atividade e hoje estão numa situação confortável. Na propriedade, desde que tecnificado e com bom gerenciamento, ele vive melhor do que trabalhando em subemprego na cidade ou com trabalho assalariado mal remunerado (frentista em posto de gasolina, pedreiro, gari), o que têm ocorrido com muitos ex-pequenos proprietários, após a venda do sítio.
A Embrapa Pecuária Sudeste monitora a evolução tecnológica dos participantes. O aumento de renda vem da sua própria atividade, ao adotar, gradativamente, tecnologias, manejos e bom gerenciamento, de maneira gradual, pois a Embrapa e o parceiro extensionista não entram com recursos financeiros para a propriedade.
Os parceiros do projeto são a CATI – Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo); Senar/SP; Sebrae/SP; Confepar – Cooperativa Central; Agroindustral (Londrina-PR); Senar/RJ e as Prefeituras Municipais dos municípios participantes.
Utilização de dispositivos eletrônicos em bovinos para fiscalização de sanidade animal e rastreabilidade - A utilização de um dispositivo eletrônico, baseado na norma ISO14223, permitirá a coleta de dados na forma eletrônica para certificação dos animais, o aumento na confiabilidade da fiscalização sanitária, a otimização na estrutura existente do Sistema da Defesa Animal e o aumento da produtividade nos estabelecimentos de abate. O sistema proposto integrará, em documento único, todas as informações contidas na GTA(s), na DIA(s) e nos outros documentos necessários para o trânsito animal, gravando todos os dados na memória do dispositivo eletrônico. A fiscalização dos animais será feita utilizando-se um "transceptor" que lerá as informações gravadas no dispositivo eletrônico e as mostrará ao fiscal. Além disso, esses dados serão enviados "online' para uma base de dados central, via modem GPRS. Permitirá ainda, a verificação das informações pelo Serviço de Inspeção Nacional e pelas Autoridades Estrangeiras pré-abate. Os relatórios gerados pelo sistema informatizado permitirão a rastreabilidade do "prato ao campo". O desenvolvimento desse sistema servirá como ferramenta para ajudar no credenciamento e na certificação, assegurando ao mercado interno e externo os atributos de sanidade e de qualidade das carcaças bovinas. A implantação do sistema poderá estar integralmente vinculada aos procedimentos do Sistema Agropecuário de Produção Integrada - SAPI - Carne Bovina.
Jornalista responsável na Agrishow:Joana Silva (Mtb 19554)Embrapa Instrumentação AgropecuáriaContatos: (16) 3374 2477 / 9994 6160 - jo@cnpdia.embrapa.br
Graziella Galinari (MTb 3863/PR)Embrapa Monitoramento por Satélite Contatos: (19) 3256-6030 - graziella@cnpm.embrapa.br
Jorge Reti MTb 12693-SP e MS 14130/SJPSP/FENAJ)Embrapa Pecuária SudesteContatos: (016) 3361-5611 - Fax (016) 3361-5754 - jreti@cppse.embrapa.br
Edvalson Bezerra Silva - JornalistaEmbrapa Recursos Genéticos e BiotecnologiaContatos: (61) 3448-4769 - mocoin@cenargen.embrapa.br
Fernanda Diniz (MTb 4685/89/DF)Embrapa Recursos Genéticos e BiotecnologiaContatos: (61) 3448-4769/3340-3672 - fernanda@cenargen.embrapa.br
Nadir Rodrigues Pereira (MTb/SP 26.948)Embrapa Informática AgropecuáriaContatos: (19) 3789-5747 - nadir@cnptia.embrapa.br
Joana Silva (Mtb 19554) Embrapa Instrumentação Agropecuária Contatos: (16) 3374 2477 / 9994 6160 - jo@cnpdia.embrapa.br
Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
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