19/01/21 |   Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação  Transferência de Tecnologia

Nutri Meio-Norte avança e já é usado em quatro regiões do País

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Foto: BME com arte de Ivana Aragão

BME com arte de Ivana Aragão -

Lançado em maio de 2019, o aplicativo Nutri Meio-Norte, módulo Soja, avança e já é usado por produtores dos estados de quatro das cinco regiões do Brasil. Foram emitidos 78 relatórios após a safra 2019/2020. Pelo método Sistema Integrado de Diagnose e Recomendação (DRIS), os relatórios indicam que oito estados das regiões Norte, Sudeste e Centro-Oeste se destacam.

O Pará está no pelotão de frente com 41,30% de uso do aplicativo, seguido por São Paulo, com 21,74%, e Mato Grosso, com 15,22%. Os relatórios apontam que o manganês “foi o elemento mais limitante por excesso, sendo o mais restritivo em 30,13% dos casos”. Já o mineral zinco “foi o elemento mais limitante por deficiência, tornando-se o mais limitante em 43,48% dos relatos". 

Com o método Diagnose de Composição Nutricional (CND), produtores de soja de sete estados usaram o Nutri Meio-Norte. O Pará foi destaque, outra vez. O Estado apareceu em 34,38% dos relatórios. Goiás e Tocantins ficaram com 15,63%. Nestes relatórios, o “fósforo foi o elemento mais limitante por excesso, em 39,39% dos casos, enquanto que o magnésio foi o mais limitante por deficiência em 32,35% dos relatos". O uso do aplicativo no Piauí e Maranhão, para onde ele foi desenvolvido em um primeiro momento, ainda é muito tímido, segundo o pesquisador Henrique Antunes, coordenador da plataforma.

Manejo simples e preciso

O Nutri Meio-Norte, a partir da análise foliar, permite conhecer a fertilização adequada para o cultivo da soja, mostrando os dados nutricionais das plantas, como os nutrientes em excesso e outros com deficiência, gerando o desequilíbrio nutricional. O manejo da tecnologia é simples, como explica o pesquisador Henrique Antunes.  "Primeiro, o produtor tem que realizar uma análise foliar da lavoura, feita por um laboratório especializado. Após abrir o aplicativo, o agricultor deverá inserir na página análise foliar dados obtidos na análise laboratorial das amostras de sua lavoura, como as quantidades dos macro e micronutrientes encontrados. Depois, ele deve escolher o método de análise DRIS ou CND e clicar no botão enviar”.

Em seguida, explica o pesquisador, aparecerão os índices nutricionais em formato de gráficos de barra e radar. Ele deve clicar, então, em “gerar relatório” para abrir um formulário a ser preenchido sobre dados da propriedade, em talhão ou lavoura, como área plantada, data da coleta da folha diagnóstica e algum manejo realizado na área. Para finalizar, o produtor deve clicar em “baixar”.

Com isso, os resultados gerados são armazenados no dispositivo em forma de relatório que poderá ser compartilhado por e-mail ou programas de mensagens, como o WhatsApp. “Com o histórico e manejo da adubação da área, é possível proceder ajuste nas futuras aplicações de fertilizantes”.  Tecnologia acessível ao agricultor, o aplicativo está disponível para aparelhos Android e IOS. Na internet, a página do Nutri Meio-Norte é  https://www.embrapa.br/meio-norte/nutri-meio-norte.

 

“Janelas de plantio”

Na região Meio-Norte, que compreende os estados do Piauí e Maranhão, parte da  “janela de plantio” da soja para a safra 2020/2021 já se fechou. Nos municípios de Bom Jesus/PI e Balsas/MA, o plantio aconteceu nos meses de novembro e dezembro. A colheita está prevista para março. Nos dois municípios os produtores já podem usar o Nutri Meio-Norte para conhecer e ajustar o estado nutricional das plantas. Em Chapadinha, também no Maranhão, a semeadura começou este mês e vai até fevereiro. A colheita está prevista para o mês de abril. Já no município de Piracuruca, na região norte do Piauí, o plantio está acontecendo e a previsão de colheita é também para abril.

 

Fernando Sinimbu (654 MTb/PI)
Embrapa Meio-Norte

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Mais informações sobre o tema
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