Forrageiras - espécies para a Região Sul do Brasil
Existem muitas espécies de plantas que podem ser utilizadas como pastagem para o gado. Estas espécies se dividem de acordo com o período de desenvolvimento (inverno ou verão), quanto ao ciclo de vida (anual ou perene) e quanto à família botânica, sendo as mais utilizadas as gramíneas e as leguminosas. Ao escolher uma espécie forrageira devemos considerar sua produtividade e qualidade nutritiva, mas também sua adaptação ao clima e tipo de solo do local. Esta Base de Dados tem como objetivo disponibilizar ao público interessado as informações básicas para o cultivo e utilização das principais forrageiras recomendadas para cultivo nos Estados da Região Sul.
As densidades de semeadura recomendadas neste capítulo são para a formação de pastagem contendo uma única espécie. Quando em consorciação poderá ser utilizada uma quantidade menor de sementes de cada espécie por hectare (redução de aproximadamente 30%). Por outro lado, deve-se ter um cuidado especial com as sementes forrageiras, pois nem sempre são de boa qualidade. A quantidade de semente usada tem que ser corrigida de acordo com o poder germinativo, ou seja, o percentual das sementes que realmente germinará.
Para todas as espécies, é importante o controle de formigas, que podem prejudicar muito o desenvolvimento inicial das plantas. Também durante o período inicial, deve ser feito o controle das chamadas invasoras, ou plantas daninhas. Outro cuidado, principalmente quando o plantio é feito por mudas, é de que haja umidade suficiente no solo.
As informações aqui divulgadas foram originalmente publicadas em: MITTELMANN, A. Principais espécies forrageiras. In: PEGORARO, L. M. C. (Ed.). Noções sobre produção de leite. Pelotas: Embrapa Clima Temperado, 2006. 153 p.
Conheça um pouco mais sobre as espécies de forrageiras para a região sul do Brasil, clicando abaixo:
As densidades de semeadura recomendadas neste capítulo são para a formação de pastagem contendo uma única espécie. Quando em consorciação poderá ser utilizada uma quantidade menor de sementes de cada espécie por hectare (redução de aproximadamente 30%). Por outro lado, deve-se ter um cuidado especial com as sementes forrageiras, pois nem sempre são de boa qualidade. A quantidade de semente usada tem que ser corrigida de acordo com o poder germinativo, ou seja, o percentual das sementes que realmente germinará.
Para todas as espécies, é importante o controle de formigas, que podem prejudicar muito o desenvolvimento inicial das plantas. Também durante o período inicial, deve ser feito o controle das chamadas invasoras, ou plantas daninhas. Outro cuidado, principalmente quando o plantio é feito por mudas, é de que haja umidade suficiente no solo.
As informações aqui divulgadas foram originalmente publicadas em: MITTELMANN, A. Principais espécies forrageiras. In: PEGORARO, L. M. C. (Ed.). Noções sobre produção de leite. Pelotas: Embrapa Clima Temperado, 2006. 153 p.
Conheça um pouco mais sobre as espécies de forrageiras para a região sul do Brasil, clicando abaixo:
Alfafa (Medicago sativa)
Nome comum | Alfafa |
Nome científico | Medicago sativa |
Época | Verão |
Família | Leguminosa |
Ciclo de vida | Perene |
Descrição | Conhecida como "rainha das forrageiras" por sua produtividade e qualidade. Porém, exige solos profundos, sem excesso de umidade e com boa fertilidade, e é sensível a doenças. É utilizada principalmente em corte e para a produção de feno. É semeada no início da primavera ou do outono e a quantidade de sementes é de 15 a 20 kg por hectare. A profundidade de semeadura deve ser de 2 cm ou menos. As sementes precisam ser inoculadas antes da semeadura. A variedade mais utilizada é a Crioula. Os cortes devem ser realizados no início da floração, deixando um resíduo de 6 a 8 cm. É necessário tomar cuidado pois, como outras leguminosas, a alfafa pode causar timpanismo. |
Amendoim-forrageiro (Arachis pintoi)
Nome comum | Amendoim-forrageiro |
Nome científico | Arachis pintoi |
Época | Verão |
Família | Leguminosa |
Ciclo de vida | Perene |
Descrição | Esta é uma leguminosa perene que vem ganhando destaque por sua alta produção e qualidade, capacidade de competir com invasoras e de sobreviver ao inverno. Diferente de outras leguminosas, não causa problemas de timpanismo no gado. É multiplicada principalmente por mudas, pois as sementes são mais difíceis de encontrar no mercado e possuem preço elevado. Os ramos e estolões (ramos enraizados) são utilizados como mudas e plantados em covas com espaçamento de 50 x 50cm e 15 cm de profundidade. Quando são utilizadas sementes, a quantidade é de 8 a 12 kg por hectare. As variedades existentes no Brasil são Alqueire-1, Amarillo e Belmonte. O amendoim forrageiro pode ser usado em cultivo solteiro, em consorciação com gramíneas perenes de verão como as gramas bermuda, o capim-elefante anão, a hemártria e o capim-nilo, ou ainda com gramíneas anuais de inverno, como a aveia e o azevém. Com as espécies de verão, pode ser implantado junto ou sobre pastagens já estabelecidas. Já as gramíneas de inverno devem ser semeadas em sulcos (plantio direto) sobre a pastagem de amendoim forrageiro já estabelecida. Outra possibilidade é realizar o plantio de mudas de amendoim no início do outono, semeando junto o azevém. |
Aveia (Avena strigosa e Avena sativa)
Nome comum | Aveia |
Nome científico | Avena strigosa e Avena sativa |
Época | Inverno |
Família | Gramínea |
Ciclo de vida | Anual |
Descrição | Produz forragem mais cedo que o azevém, mas também floresce mais cedo. Não se adapta a solos muito úmidos. A mais utilizada para pastagens é a aveia preta. Já existem variedades de aveia branca selecionadas para produção de forragem, porém são mais sensíveis a doenças. A aveia para forragem deve ser semeada em março ou abril, com 60 kg de semente por hectare para a aveia preta e 80 kg para a aveia branca. Para melhor germinação, as sementes devem ficar a uma profundidade de 3 a 5 cm no solo. O pastejo deve ser iniciado quando as plantas atingirem aproximadamente 30 cm de altura, o que acontece cerca de 45 a 60 dias após a semeadura, e os animais devem ser retirados quando ainda houver um resíduo de 7 a 10 cm de altura, para permitir um melhor rebrote. As cultivares recomendadas são: - Aveia preta (Avena strigosa): Comum, UPFA 21-Moreninha e IAPAR 61-Ibiporã - Aveia branca (Avena sativa): FAPA 2, FUNDACEP-FAPA 43, UPF 15 e UPF 18 A aveia pode também ser usada para corte, feno ou silagem. |
Azevém (Lolium multiflorum)
Nome comum | Azevém |
Nome científico | Lolium multiflorum |
Época | Inverno |
Família | Gramínea |
Ciclo de vida | Anual |
Descrição | É uma gramínea anual que apresenta alta produção e qualidade de forragem. Resiste ao pastejo e a excessos de umidade, suportando altas lotações. Pode ser manejada para permitir a ressemeadura natural, ou seja, a produção e a queda das sementes na terra, não sendo necessário semear todos os anos. A semeadura deve ser realizada no outono, preferencialmente de março a maio. É recomendado o uso de 20 a 30 kg de semente por hectare. O azevém pode ser semeado à lanço ou em linhas, mas a semente não deve ficar a uma profundidade maior que 1 cm. O pastejo deve iniciar quando as plantas chegarem a cerca de 20 cm de altura e encerrar quando restarem ainda 5 a 10 cm de altura. A maior parte do azevém comercializado é identificado como cultivar Comum. Estão registradas também as cultivares LE-284, Eclipse, FABC-1, Fepagro São Gabriel e BRS Ponteio. |
Capim-elefante (Pennisetum purpureum)
Nome comum | Capim-elefante |
Nome científico | Pennisetum purpureum |
Época | Verão |
Família | Gramínea |
Ciclo de vida | Perene |
Descrição | Espécie de alta produtividade, usada principalmente em pequenas áreas, denominadas capineiras, de onde é cortada e oferecida aos animais no cocho, mas também pode ser utilizada em pastejo. É multiplicada por mudas. Na Região Sul do Brasil, a melhor época de plantio é na primavera. Além da cultivar Pioneiro, bastante adaptada à Região Sul do Brasil, a Embrapa lançou a cultivar de porte baixo (anão) BRS Kurumi. O plantio na capineira é feito em sulcos espaçados de 80 cm a 1 m. Para pastejo, o espaçamento pode ser de 50 a 60 cm entre linhas. Na capineira, corte pode ser feito quando as plantas chegam a 1,20-1,50 m e deixa-se um resíduo de no máximo 20 cm. Apesar de servir como uma reserva de forragem, é preciso lembrar que cortes a intervalos maiores de 60 dias, implicam em perda de qualidade da forragem. Quando utilizado em pastejo, este deve ser iniciado quando as plantas atingirem cerca de 1m de altura, mantendo-se um resíduo de 40 a 50 cm. Já para o capim-elefante anão, como o BRS Kurumi, o pastejo deve ser iniciado quando as plantas atingirem 80 cm de altura, mantendo sempre um resíduo de 30 a 40 cm. |
Capim-lanudo (Holcus lanatus L.)
Nome comum | Capim-lanudo |
Nome científico | Holcus lanatus L. |
Época | Inverno |
Família | Gramínea |
Ciclo de vida | Perene |
Descrição | É uma gramínea que apresenta, hábito de crescimento cespitoso. Adapta-se bem a solos adubados e deve ser utilizada em consorciação com outras espécies hibernais. Apresenta alta tolerância a umidade e frio. Indicada para pastoreio, podendo também ser conservada em forma de silagem e feno. Esta espécie apresenta crescimento inicial lento, e período de floração longo. Possui alta ressemeadura natural. A semeadura dever ser realizada no outono, no período de março a maio. A densidade de semeadura recomendada é de 4 a 8 kg por hectare, à lanço. O pastejo deve ser iniciado quando as plantas apresentarem aproximadamente 15 cm de altura, tolerando grande intensidade de desfolha. Apesar de a folha apresentar certa pilosidade, esta espécie apresenta uma grande aceitabilidade pelos animais. A Embrapa tem investido no melhoramento da espécie, tendo uma cultivar em vias de lançamento. |
Capim-nilo (Acroceras macrum)
Nome comum | Capim-nilo |
Nome científico | Acroceras macrum |
Época | Verão |
Família | Gramínea |
Ciclo de vida | Perene |
Descrição | Recomendado para áreas de várzea, onde apresenta alta produtividade e qualidade. É multiplicado por mudas (talos e caules subterrâneos) e a recomendação é de 1,5 a 2 toneladas de mudas por hectare, que são distribuídas em sulcos. A distância entre os sulcos é de 30 cm. A época de plantio vai de setembro a janeiro e existe apenas uma variedade comercial, que é a EPAGRI 311. |
Capim-Sudão (Sorghum sudanense)
Nome comum | Capim Sudão |
Nome científico | Sorghum sudanense |
Época | Verão |
Família | Gramínea |
Ciclo de vida | Anual |
Descrição | O capim Sudão é uma espécie muito rústica e produtiva. Tem como característica importante a grande capacidade de perfilhamento e rebrote. Em relação ao sorgo, um pouco mais tolerante à seca e menos tolerante a solos úmidos. Na Região Sul do Brasil, pode ser semeado a partir de setembro e irá produzir até que se iniciem as geadas, no outono seguinte. A densidade de semeadura é de 25 kg por hectare, sendo recomendado preferencialmente o plantio em linhas, espaçadas de 17 a 45 cm, sendo que os melhores resultados tem sido obtidos com os menores espaçamentos. O primeiro pastejo deve ser feito quando as plantas atingirem cerca de 50 cm, deixando resíduo em torno de 5 cm. Nos pastejos seguintes evitar alturas de entrada maiores que 1 metro (ideal é em torno de 50 cm), e deixar resíduos entre 5 e 10 cm. Como o perfilhamento é estimulado com resíduos baixos, o capim Sudão é mais indicado para uso em pastejo rotativo. A Embrapa lançou, em 2013, a cultivar BRS Estribo, já disponível comercialmente. |
Cornichão (Lotus corniculatus)
Nome comum | Cornichão |
Nome científico | Lotus corniculatus |
Época | Inverno |
Família | Leguminosa |
Ciclo de vida | Perene |
Descrição | Embora seja de inverno, tem um ciclo mais longo que o azevém, chegando a ter algum crescimento durante o verão quando não houver falta de chuvas. Tem alta qualidade e bom desenvolvimento em diferentes condições de solo e clima e não causa timpanismo. A época de semeadura vai de abril a julho e são usados 8 kg de semente por hectare. Pode ser pastejado a partir do momento em que as plantas atingem 20 cm de altura até quando restarem ainda 7 a 10 cm de altura. É possível obter ressemeadura natural, o que contribui para que a pastagem de cornichão dure um maior número de anos. |
Feijão-miúdo (Vigna sinensis)
Nome comum | Feijão-miúdo |
Nome científico | Vigna sinensis |
Época | Verão |
Família | Leguminosa |
Ciclo de vida | Anual |
Descrição | É uma das melhores leguminosas forrageiras para verão e outono devido a sua resistência à seca. É usada em consorciação com milheto, sorgo e papuã, entre outras espécies de gramíneas. Adapta-se aos principais tipos de solos, menos aos muito úmidos. A semeadura é feita na primavera, geralmente em outubro e novembro, a lanço ou em linhas, com 40 kg de sementes por hectare. As sementes devem ser inoculadas antes da semeadura. |
Gramas bermuda e estrela (Cynodon dactylon e Cynodon nlemfuensis)
Nome comum | Gramas bermuda e estrela |
Nome científico | Cynodon dactylon (grama bermuda), Cynodon nlemfuensis, C. plectostachyus e C. aethiopicus (gramas estrela) |
Época | Verão |
Família | Gramínea |
Ciclo de vida | Perene |
Descrição | Inclui a grama-bermuda, a grama-estrela e seus híbridos. Algumas cultivares, todas importadas, são: Tifton 85, Coastcross, Florakirk e Jiggs. São gramíneas perenes e se adaptam melhor às regiões mais quentes. Também são exigentes em fertilidade. A época de plantio é a primavera. A maioria das cultivares são multiplicadas por mudas. As melhores mudas são os estolões (ramos enraizados) e rizomas, mas podem ser usados talos cortados rente ao solo. As mudas devem estar sadias e maduras (por volta de 100 dias de idade), e é necessário plantar logo após o corte, pois desidratam rapidamente. O plantio deve ser feito em sulcos, com espaçamento de 50 cm entre sulcos. A quantidade de mudas necessária é de cerca de 2,5 toneladas por hectare. Pode ser realizado também o plantio em covas (3 t/ha de mudas) ou a lanço (4 a 5 t/ha de mudas). Nesse caso, será necessário utilizar rolo compactador após a distribuição das mudas. Existem hoje, além das cultivares propagadas assexuadamente, variedades americanas propagadas sexuadamente (sementes). No Brasil são comercializados as cultivares Vaquero e Tierra Verde, que são misturas de populações de C. dactylon. A densidade de semeadura recomendada é de 8 a 12 kg/ha de sementes. Para todas as cultivares, o pastejo deve ser feito deixando um resíduo de 10 a 15 cm de altura. |
Hemártria (Hemarthria altissima)
Nome comum | Hemártria |
Nome científico | Hemarthria altissima |
Época | Verão |
Família | Gramínea |
Ciclo de vida | Perene |
Descrição | É uma gramínea perene de alta produtividade. Tem ampla adaptação, inclusive a solos úmidos. A planta floresce mas é baixa a formação de sementes viáveis. A forma de multiplicação é por mudas. A época de plantio dá-se de setembro a dezembro e este deve ser feito em sulcos com espaçamento indicado de 50 cm. A altura para a entrada dos animais em pastejo é de 15 a 25 cm e ao saírem deve haver um resíduo com altura de 5 a 6 cm de altura. Por ser muito competitiva, só consorcia bem com o amendoim forrageiro. Existem cultivares lançadas pelo IAPAR e pela EPAGRI. |
Lotus "El Rincón" (Lotus subbiflorus)
Nome comum | Lotus "El Rincón" |
Nome científico | Lotus subbiflorus |
Época | Inverno |
Família | Leguminosa |
Ciclo de vida | Anual |
Descrição | Planta leguminosa de ciclo anual, sua propagação é feita por sementes. Tem ótima ressemeadura natural, o que faz com que a pastagem se mantenha ao longo dos anos, até mesmo melhor que o cornichão, que é perene. A época ideal de semeadura é entre março e maio. Semeia-se à lanço, a uma densidade de semeadura de 8 kg por hectare. O ciclo e a qualidade são semelhantes ao cornichão, mas é menos exigente em fertilidade. Consorcia-se bem com azevém, aveia e trevo. Adapta-se bem ao pastoreio, tanto rotativo quanto contínuo. |
Milheto (Pennisetum americanum)
Nome comum | Milheto |
Nome científico | Pennisetum americanum |
Época | Verão |
Família | Gramínea |
Ciclo de vida | Anual |
Descrição | Tem rápido desenvolvimento e alta produção, podendo alcançar até 60 toneladas de massa verde por hectare. É resistente à seca e melhor adaptada a solos arenosos. Consorcia bem com o feijão-miúdo, formando uma pastagem de alta produção e qualidade. Precisa de calor para germinar, por isso deve ser semeada no final de outubro ou em novembro. A semeadura pode ser feita em linhas ou a lanço, utilizando de 12 a 15 kg de sementes por hectare. A profundidade de semeadura é de até 2 cm. Pode-se iniciar o pastejo a partir de 30 a 40 dias após a emergência, quando as plantas alcançam 40 cm de altura e retirar os animais deixando um resíduo de 10 cm. No primeiro pastejo, pode-se deixar um resíduo ainda menor. |
Sorgo forrageiro e Capim-Sudão (Sorghum bicolor e Sorghum sudanense)
Nome comum | Sorgo forrageiro |
Nome científico | Sorghum bicolor |
Época | Verão |
Família | Gramínea |
Ciclo de vida | Anual |
Descrição | O sorgo é uma espécie de alta produção, rústica e com grande tolerância à seca. O sorgo forrageiro, utilizado para pastejo ou corte, é diferente do sorgo para grãos e do sorgo para silagem, pois resulta do cruzamento entre sorgo e capim Sudão. A época ideal de semeadura inclui os meses de outubro, novembro e dezembro e devem ser usados de 10 a 20 quilos de sementes por hectare. O primeiro pastejo, iniciado quando as plantas tiverem de 70 a 80 cm, deve ser bem intenso, rebaixando-as a 5 cm de altura, para favorecer o perfilhamento. Nos demais pastejos deve ser mantido um resíduo de 15 a 20 cm de altura. No início do desenvolvimento, a planta pode apresentar uma substância que provoca intoxicação no gado. Por isso, o sorgo só deve ser consumido pelos animais quando tiver atingido a altura de 70-80 centímetros. Outros cuidados para evitar a intoxicação são: acostumar os animais aos poucos a consumirem o sorgo, deixando apenas algumas horas nos primeiros dias, intercalando com outros alimentos e evitar colocar animais jovens em pastagens de sorgo. |
Trevo branco (Trifolium repens)
Nome comum | Trevo branco |
Nome científico | Trifolium repens |
Época | Inverno |
Família | Leguminosa |
Ciclo de vida | Perene |
Descrição | As espécies de trevo mais utilizadas são o trevo branco, o trevo vermelho, e o trevo vesiculoso. Todos têm alta qualidade nutritiva. Em geral, não são utilizados sozinhos, mas em mistura com o azevém e a aveia, pois possuem substâncias que podem causar um problema digestivo grave chamado "timpanismo". Timpanismo é a formação de uma espuma que não permite a eliminação dos gases formados no rúmen, um dos estômagos dos bovinos, o qual incha, podendo levar à morte do animal. O trevo branco caracteriza-se por tolerar umidade e pastejo intenso. Mantém-se facilmente por ressemeadura natural. É semeado de abril a junho e a quantidade de semente a ser usada é de 2 kg por hectare. O pastejo deve iniciar quando as plantas estiverem com 20 a 30 cm de altura, deixando um resíduo de 7 a 10 cm. |
Trevo persa (Trifolium resupinatum L.)
Nome comum | Trevo persa |
Nome científico | Trifolium resupinatum L. |
Época | Inverno |
Família | Leguminosa |
Ciclo de vida | Anual |
Descrição | É uma leguminosa anual adaptada a condições de solos hidromórficos. É indicada para rotação com a cultura do arroz irrigado, uma das principais culturas utilizadas na região sul do Brasil. É indicada para pastejo e também na forma de forragem conservada (feno). Embora seja uma espécie anual, a pastagem se mantém ao longo dos anos, devido a sua ressemeadura natural e grande percentual de sementes dormentes. Destaca-se em relação aos demais trevos pelo baixo risco de causar timpanismo. A semeadura dever ser realizada no outono, no período de março a maio. A densidade de semeadura recomendada é de 8 kg por hectare. Recomenda-se o uso de inoculantes biológicos, para maior fixação de nitrogênio. Pode ser semeado em linha ou à lanço. O pastejo deve iniciar quando as plantas estiverem com 20 a 30 cm de altura, deixando um resíduo de 7 a 10 cm. A Embrapa lançou, recentemente, a cultivar BRS Resteveiro. |
Trevo vermelho (Trifolium pratense)
Nome comum | Trevo vermelho |
Nome científico | Trifolium pratense |
Época | Inverno |
Família | Leguminosa |
Ciclo de vida | Perene |
Descrição | As espécies de trevo mais utilizadas são o trevo branco, o trevo vermelho, e o trevo vesiculoso. Todos têm alta qualidade nutritiva. Em geral, não são utilizados sozinhos, mas em mistura com o azevém e a aveia, pois possuem substâncias que podem causar um problema digestivo grave chamado "timpanismo". Timpanismo é a formação de uma espuma que não permite a eliminação dos gases formados no rúmen, um dos estômagos dos bovinos, o qual incha, podendo levar à morte do animal. O trevo vermelho pode ser considerado uma planta perene de curta duração, sobrevivendo em geral dois anos. Precisa de solos sem excesso de umidade e com boa fertilidade. Tem desenvolvimento mais rápido que o trevo branco. A semeadura deve ser feita nos meses de abril e maio, com 6 a 8 kg de semente por hectare. O ideal é que o pastejo inicie apenas quando as plantas estiverem com 30 cm de altura, e deve ser deixado um resíduo de 10 cm. |
Trevo vesiculoso (Trifolium vesiculosum)
Nome comum | Trevo vesiculoso |
Nome científico | Trifolium vesiculosum |
Época | Inverno |
Família | Leguminosa |
Ciclo de vida | Anual |
Descrição | As espécies de trevo mais utilizadas são o trevo branco, o trevo vermelho, e o trevo vesiculoso. Todos têm alta qualidade nutritiva. Em geral, não são utilizados sozinhos, mas em mistura com o azevém e a aveia, pois possuem substâncias que podem causar um problema digestivo grave chamado "timpanismo". Timpanismo é a formação de uma espuma que não permite a eliminação dos gases formados no rúmen, um dos estômagos dos bovinos, o qual incha, podendo levar à morte do animal. As plantas dessa espécie são anuais, mas a pastagem persiste por ressemeadura, produzindo bom volume de forragem no período de outono. Deve ser semeado em março ou abril, com 6 kg por hectare. A semente precisa de escarificação, ou seja, um processo que auxilie a diminuir a resistência da camada externa da semente, permitindo o início da germinação. A planta deve ser pastejada deixando um resíduo de 15 cm de altura. |