Programas 2003
14/03/2003 - Sorgo granífero: alternativa para o mercado de rações
O sorgo pode ser uma saída para o avanço da safra brasileira de grãos. O Brasil já domina a técnica de cultivo e os produtores têm boas sementes à disposição no mercado. Nos últimos anos, o cereal passou a ser uma das alternativas estratégicas do governo brasileiro para o abastecimento de grãos, especialmente para a indústria de ração.
O cereal entrou em escala comercial do País nos anos 70, mas ainda possui um mercado a conquistar. A produção de sorgo no Brasil é de apenas 2 mil kilos por hectare, mas tem potencial para atingir o dobro desse valor. Segundo a Embrapa, a produção deve aumentar nos próximos anos.
O produto nacional é de boa qualidade e já atrai a atenção dos japoneses, compradores que adotam critérios rígidos na importação de grãos.
Para os produtores, o sorgo apresenta vantagens. Pode ser usado como silagem, forragem e na produção de grãos, além de ser um cereal com maior tolerância à falta de água do que o milho, por exemplo.
As indústrias de ração estão vendo que, por um preço menor, têm um produto de qualidade semelhante ao milho. O plantio do sorgo é importante para diversos setores da agroindústria brasileira, uma vez que pode evitar a importação de outros grãos, especialmente para a fabricação de rações.
Durante o programa, especialistas apresentaram a importância do sorgo que, junto com o milho e outros grãos, forma a chamada cesta básica de ingredientes para ração. Além disso, destacaram as principais práticas para o plantio do sorgo.
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Unidade: Embrapa Milho e Sorgo
21/03/2003 - Produção de milho safrinha: a segunda safra do milho
A segunda safra do milho, normalmente plantada em fevereiro e março, também conhecida como sistema de milho safrinha, já é adotada em aproximadamente 2 milhões de hectares no Brasil Central. A produção varia entre 6 e 8 milhões de toneladas. Em Estados, como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, 75% da área de cultivo do cereal são de milho safrinha.
O sistema contribui para o aumento da produtividade do milho, além de auxiliar na redução de riscos no plantio do cereal nos primeiros meses do ano. Essas vantagens são fundamentais para normalizar o abastecimento de milho no Brasil.
Ao longo do programa, especialistas no assunto vão explicar o sistema de produção de milho safrinha e analisar os fatores econômicos do sistema.
O assunto é um complemento da Campanha Nacional para o Aumento da Produtividade do Milho desenvolvido pela Embrapa e Ministério da Agricultura. A campanha oferece orientações importantes que podem elevar a produtividade do cereal no País, sem acréscimo significativo no custo de produção.
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Unidade: Embrapa Milho e Sorgo
28/03/2003 - Micorriza na agricultura
A produtividade das culturas nos solos tropicais, como os de Cerrado, pode ser melhorada com aplicação de fertilizantes, principalmente fosfatados. Outra opção é o manejo de insumos e culturas vinculado à micorriza, uma associação benéfica e natural entre fungos específicos do solo e raízes das plantas.
Com esse mecanismo biológico, os filamentos dos fungos passam a funcionar como sistema radicular adicional da planta. Isso permite a utilização de maior volume do solo para a absorção de nutrientes pela cultura, principalmente do fósforo.
Foto: Welmiton Fábio.
Micorriza em feijão.
O manejo da micorriza permite o uso mais eficiente de insumos, principalmente fosfatados, e corretivos, e a adoção de práticas culturais capazes de reduzir o impacto ambiental e os custos de produção. Contudo, a micorriza não substitui a adubação fosfatada. Ela aumenta a eficiência de utilização pelas plantas do fósforo natural ou do adicionado ao solo pela adubação.
A prática de inoculação do fungo é recomendada na produção de mudas em viveiros, pois os substratos utilizados são geralmente desprovidos de fungos micorrízicos arbusculares. Quanto ao crescimento, a maioria das espécies arbóreas tropicais, frutíferas e florestais, desenvolvem-se mais rapidamente com a presença da micorriza. Assim reduz-se o tempo das plantas no viveiro, sendo disponibilizadas mais cedo para o produtor. Essa prática permite, também, diminuir a quantidade de corretivos e fertilizantes adicionados nos substratos e, ao mesmo tempo, aumentar a eficiência desses insumos.
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Unidade: Embrapa Cerrados
04/04/2003 - Produção de trigo no Brasil Central
A parceria entre indústria moageira e produtores de trigo nacional, somada à tecnologia criada e garantida pela pesquisa Embrapa, tem mudado a realidade brasileira do cereal.
O trigo é a melhor opção para o sistema produtivo do Cerrado, especialmente quando se trata de sistema plantio direto. Apresenta qualidades ímpares, como cultura supressora de ervas daninhas, capazes de reduzir custos. Além disso, produz grande quantidade de palha, o que ajuda na conservação da água do solo.
Os agricultores do Cerrado têm duas opções para cultivar o trigo em uma mesma safra, o que não ocorre nas demais regiões produtoras do País. O cultivo pode ser entre fevereiro e junho, em regime de sequeiro, e de abril a meados de setembro, em regime irrigado. Além disso, o produtor tem a vantagem de vender o produto na época de abertura de safra, quando normalmente os preços são mais elevados.
Durante o programa, especialistas vão falar dos aspectos fundamentais para a produção de trigo no Cerrado, além de destacarem o desenvolvimento de novas tecnologias e as potencialidades do mercado do cereal na região.
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Unidade: Embrapa Trigo
11/04/2003 - Irrigas: simplicidade e eficiência no controle da irrigação
O sistema de irrigação utiliza cápsulas porosas similares às de filtro, instaladas no solo, que indicam o momento exato para irrigar a cultura. A tecnologia, conhecida como Irrigas, garante aplicação de água com economia.
Foto: Embrapa Hortaliças.
O Irrigas é um equipamento simples e confiável.
Patenteado por pesquisador da Embrapa Hortaliças em 2000, o Irrigas foi desenvolvido para ser usado no cultivo de hortaliças. Posteriormente, a tecnologia foi adaptada para outras culturas. Atualmente, o produto já está sendo industrializado por três empresas licenciadas e começa a ser comercializado no Brasil e no exterior.
O Irrigas é fácil de ser operado, o que permite que trabalhadores sem qualquer treinamento específico operem o sistema. A tecnologia, fabricada com plástico durável e resistente, apresenta baixo custo e não requer qualquer tipo de manutenção.
No programa, especialistas no assunto vão mostrar como o Irrigas pode permitir o controle da irrigação com facilidade e vão apresentar, ainda, formas de automatizar a irrigação com a tecnologia.
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Unidade: Embrapa Hortaliças
18/04/2003 - Uso alternativo de cereais de inverno na alimentação animal
Cereais de inverno, como trigo, cevada, triticale, centeio e aveia, além de produzirem grãos utilizados na alimentação humana, podem servir de alimento para aves, suínos, bovinos de corte, ovinos e, principalmente, vacas leiteiras.
Com os cereais, o produtor passa a dispor de mais alternativas para contornar a deficiência quantitativa e qualitativa de forragem durante o inverno. Os cereais de inverno, como a aveia preta e o azevém, podem ser fonte de forragem verde, pasto de excelente valor forrageiro para engorda de novilhos e de ovinos. Figuram, também, como uma das formas mais econômicas de alimentação de vacas leiteiras; permitem ótimo ganho de peso na engorda de novilhos e maior produção de leite.
A alimentação com pastagens compostas por cereais de inverno possibilita produções diárias de leite de até 15 litros por vaca. O rendimento de leite por hectare pode superar 5 mil litros, durante o inverno e a primavera.
Além disso, os grãos dos cereais de inverno podem substituir o milho na formulação de rações balanceadas para pequenos e grandes animais, com a vantagem de fornecerem maior concentração de proteína. Outra vantagem é que podem ser colhidos na primavera, época de maior escassez de milho.
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Unidade: Embrapa Trigo
09/05/2003 - Produção de ovos coloniais: alternativa de renda para pequenos produtores
Pesquisadores da Embrapa Suínos e Aves acreditam que o ovo têm condições de ajudar o país a vencer a fome, já que é um dos alimentos mais completos do ponto de vista nutricional e com custo baixo. Cada brasileiro consumiu no ano passado, em média, 84 ovos, segundo o Anuário da Pecuária Brasileira 2002, quantidade considerada baixa diante dos padrões de consumo mundiais. Nos Estados Unidos, por exemplo, cada habitante consome 304 ovos por ano. Caso o consumo triplicasse no Brasil, muitos brasileiros superariam a desnutrição e milhares de produtores, entre eles os pequenos e médios que investem em ovos coloniais, seriam beneficiados com o aumento da produção.
A proposta de criação desenvolvida pela Embrapa, que permite que a aves fiquem soltas, requer pequeno investimento inicial e, mesmo sendo um modelo alternativo ao industrial, mantém as conquistas da avicultura moderna, como o controle sanitário. Entre as soluções desenvolvidas pelos pesquisadores da Embrapa está o uso da cerca elétrica na contenção das aves.
Foto: Valdir Ávila.
Poedeira Colonial Embrapa 051.
A proposta de produção de ovos é complementada pela Poedeira Colonial Embrapa 051. A galinha oferece uma produção bem superior às aves coloniais rústicas. Uma galinha colonial comum põe cerca de 80 ovos durante o período de produção. Já a 051 atinge de 280 a 300 ovos. A Embrapa Suínos e Aves comercializou no ano passado 50 mil poedeiras, em lotes de 300 aves, beneficiando cerca de 200 produtores em nove estados brasileiros.
Além disso, os grãos dos cereais de inverno podem substituir o milho na formulação de rações balanceadas para pequenos e grandes animais, com a vantagem de fornecerem maior concentração de proteína. Outra vantagem é que podem ser colhidos na primavera, época de maior escassez de milho.
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Unidade: Embrapa Suínos e Aves
16/05/2003 - Recuperação de ambientes ribeirinhos (matas de galeria)
Apesar de ocuparem apenas 5% da área de Cerrado, os ambientes ribeirinhos destacam-se pela riqueza em espécies vegetais e diversidade genética, além de protegerem os recursos hídricos, solo, fauna silvestre e aquática da região.
Foto: Eny Duboc.
Embora protegidos por legislação federal e estadual, esses ambientes são alterados e destruídos, o que contribui para redução da qualidade e quantidade de água disponível para o consumo humano.
A tecnologia para recuperação de matas de galeria da região do Brasil Central incentiva o plantio de espécies nativas do ambiente a ser reabilitado. As técnicas respeitam a biodiversidade das matas e procuram reestruturar o local de forma a possibilitar o retorno, o mais rápido possível, às funções originais
No programa, especialistas no assunto vão apresentar informações sobre coleta de sementes, germinação, produção de mudas e plantios de recuperação. Elaboração e execução de projetos de revegetação, critérios para escolha de espécies e técnicas mais adequadas de plantio e legislação específica também serão abordados.
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Unidade: Embrapa Cerrados
23/05/2003 - Aumento da produtividade do algodão no Cerrado
Há pouco mais de 10 anos, o Brasil apostava que a região do Cerrado, no Centro-Oeste do País, seria uma área agrícola com potencial para ser explorada a médio e a longo prazo. Hoje, a realidade é definida por produções crescentes a cada safra. A cultura do algodão faz parte desse cenário.
Foto: Eleusio Curvelo.
Cultivar Ita 90 Mato Grosso.
O Cerrado representa 82,7% da produção nacional de algodão e apresenta a maior produtividade. Entre as causas do sucesso estão a alta tecnologia empregada na mecanização da lavoura, variedades adaptadas à região, produção de fibra com qualidade que atende às exigências da indústria têxtil.
O cultivo de algodão no Cerrado iniciou-se em Mato Grosso, estado precursor do sistema que hoje já implanta processos de industrialização da matéria-prima. Em Goiás e no Cerrado da Bahia, a cultura também cresce como alternativa para a lavoura de soja, até porque apresenta maior rentabilidade do que a oleaginosa.
Foto: Eleusio Curvelo.
Colheita de algodão no Cerrado.
A região de Cerrado consolidou-se como grande área produtora de algodão, ocupada por médios e grandes produtores que mantêm áreas entre 100 e 3.000 hectares com lavouras altamente mecanizadas.
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Unidade: Embrapa Algodão
30/05/2003 - Centro de recria de terneiras ou bezerras para a produção de leite
O Centro de Recria de Terneiras Leiteiras é um sistema de terceirização da recria de bezerras pela Embrapa Pecuária Sul, em parceria com a cooperativa de leite e a extensão rural do Estado.
Instalado em Bagé, Rio Grande do Sul, o centro recebe terneiras com idade entre 6 e 8 meses que serão devolvidas às propriedades de origem aos 26 meses de idade, em fase de pré-parto.
Entre outros objetivos, o centro foi implantado para demonstrar resultados técnicos, identificar custos e benefícios da recria terceirizada fora da unidade de produção e para formar futuras matrizes mais produtivas.
Foto: Embrapa Pecuária Sul.
Recria de terneiras ou bezerras.
Os resultados da pesquisa demonstram viabilidade técnica e econômica para implantação de centros de recria em várias regiões produtoras de leite. Verificou-se a possibilidade de aumentar a produção de leite já na primeira lactação. As terneiras recriadas na Embrapa Pecuária Sul produziram 1.300 litros de leite a mais por lactação do que as contemporâneas recriadas na mesma propriedade.
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Unidade: Embrapa Pecuária Sul
06/06/2003 - Produção de milho pipoca
Serão mostrados aspectos importantes para se obter um produto que atenda ao duplo propósito: satisfazer ao produtor, que ganha pela produtividade, e ao consumidor que se importa com a qualidade. Até o produto chegar às prateleiras dos supermercados, o milho pipoca passa por um longo caminho, desde o desenvolvimento de cultivares até o empacotamento final, antes de ir para a panela ou para o forno de microondas.
Em muitos aspectos, o seu cultivo se assemelha ao do milho comum. As principais diferenças e cuidados aparecem no momento da colheita. Para não afetar a capacidade da pipoca estourar, os grãos precisam ser colhidos, beneficiados e armazenados com cuidados muito maiores do que se fossem utilizados para sementes. O programa vai mostrar ainda porque o milho pipoca estoura e porque grande parte do milho pipoca consumido no Brasil ainda é importado.
Foto: Embrapa Milho e Sorgo.
Espigas de milho pipoca.
Além disso, os grãos dos cereais de inverno podem substituir o milho na formulação de rações balanceadas para pequenos e grandes animais, com a vantagem de fornecerem maior concentração de proteína. Outra vantagem é que podem ser colhidos na primavera, época de maior escassez de milho.
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Unidade: Embrapa Milho e Sorgo
13/06/2003 - Viabilidade da produção leiteira na agricultura familiar
A Embrapa Pecuária Sudeste está conseguindo conter o êxodo rural de produtores familiares. Tecnologias e gerenciamento acessíveis às condições financeiras deste tipo de produtor estão sendo levados, gradativamente, a diversos produtores familiares do segmento leiteiro e também a técnicos de extensão rural.
Foto: Embrapa Pecuária Sudeste.
Capim Mombaça.
Muitos produtores rurais, que estavam para abandonar a atividade, estão conseguindo aumentar sua renda e, em alguns casos, até triplicar o seu valor por meio da redução de custos, graças às técnicas e ao bom gerenciamento adotado.
Foto: Embrapa Pecuária Sudeste.
Viabilidade da produção leiteira em propriedade familiar.
Esse processo permite também a reciclagem e o treinamento do técnico extensionista que deverá levar as novas tecnologias a produtores que não participam diretamente do Projeto Embrapa Pecuária Sudeste.
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Unidade: Embrapa Pecuária Sudeste
27/06/2003 - Utilização de resíduos orgânicos na produção de florestas
Produtores, industriais e muitos municípios se preocupam cada vez mais com os resíduos gerados por suas atividades. Lixo urbano, resíduo de celulose, cinza de caldeira e resíduos de florestas plantadas podem ser utilizados para melhorar as propriedades químicas, físicas e biológicas dos solos utilizados para plantios florestais.
Fotos: Helton Damin da Silva.
A melhoria destas características afeta a produção florestal, a ciclagem de nutrientes, melhora as condições de manutenção da umidade dos solos e contribui significativamente para a sustentabilidade dos solos florestais.
Além disso, a utilização dos resíduos ajuda a acabar com um grande problema ambiental e logístico, que é a sua disposição após os processos produtivos e industriais.
Neste dia de Campo na TV os telespectadores vão conhecer melhor as técnicas disponíveis para aproveitamento desses resíduos em benefício da produtividade florestal e do meio ambiente.
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Unidade: Embrapa Florestas
04/07/2003 - Controle biológico de pragas de citros
O uso de agrotóxicos não tem conseguido controlar adequadamente a Orthézia praelonga, que ataca os citros. Em busca de uma alternativa eficiente, os pesquisadores da Embrapa descobriram o Colletotrichum gloesporioides. Foram apresentados, com pleno êxito, resultados do controle biológico feito em pomares comerciais. Essa cochonilha tem causado inúmeros prejuízos à cultura de citros, principalmente nos estados de São Paulo e Sergipe, mas tem sido constatada em maior parte do território brasileiro.
Foto: Roberto Cesnik.
Fêmea adulta de Orthezia proelonga.
O maior responsável por sua disseminação é o próprio operário, que ao colher os frutos de um planta infestada, leva o inseto dessa para as plantas sadias. Também pode ser disseminada pelo vento, pelos pássaros e por certas espécies de formigas.
Foto: Roberto Cesnik.
Tronco de laranja coberto por machos de orthezia.
Os principais danos causados pela orthézia são decorrentes da sucção de seiva durante sua alimentação e pela introdução de toxinas prejudiciais à própria planta. Indiretamente, os danos causados pela orthézia ocorrem pelo aparecimento da fumagina, fungo preto que utiliza a exudação da orthézia para sua colonização e multiplicação. O recobrimento das folhas pela fumagina dificulta as trocas gasosas e a realização da fotossíntese, que enfraquece a planta, com conseqüente queda das folhas e dos frutos. Os frutos produzidos sob essas condições são pequenos, com baixo teor de açúcar e ácidos, impróprios para a comercialização. O controle biológico da orthézia foi eficiente, independentemente da variedade encontrada.
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Unidade: Embrapa Meio Ambiente
11/07/2003 - Criação de suínos naturalizados
18/07/2003 - Agricultura sem queimada
Desenvolver novas alternativas de cultivo sem a utilização do fogo é a principal proposta do Projeto Tipitamba, que na língua dos índios Tiriyó, do norte do Estado do Pará, quer dizer ex-roça ou capoeira. O projeto propõe o manejo da vegetação secundária em descanso, a capoeira. Assim é possível substituir o preparo de área via derruba-e-queima, a prática mais usual na agricultura familiar amazônica, pelo corte e trituração da capoeira.
Foto: Tatiana Sá.
A principal ferramenta desenvolvida no Tipitamba é a Tritucap, uma máquina para trituração da capoeira. A vegetação triturada é espalhada sobre a terra e seus nutrientes fertilizam o solo e contribui para diminuição de capim e ervas invasoras.
Este sistema elimina as implicações negativas da prática de queimar e propicia maior flexibilidade ao período de plantio, além de melhorar as condições físicas, químicas e biológicas do solo.
Além do preparo de área sem queima, o projeto busca a melhoria da capoeira por meio do plantio de árvores leguminosas de rápido crescimento. Atualmente, a introdução do gado bovino em pastagens com áreas trituradas é analisada.
Foto: Tatiana Sá.
Todo trabalho é desenvolvido pela Embrapa em conjunto com Universidades alemãs de Göettingen e Bonn, por meio de convênio de cooperação internacional, em áreas de produtores rurais no município paraense de Igarapé-Açu. Além da Tritucap, o Tipitamba também avalia modelos comerciais de trituradeiras com capacidade para triturar capoeiras de médio porte.
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Unidade: Embrapa Amazônia Oriental
25/07/2003 - Elaboração de suco de uva
Foto: Embrapa Uva e Vinho.
Uma das alternativas para o aproveitamento agroindustrial da uva é a elaboração de suco. As principais cultivares de videira do grupo das americanas, difundidas na Serra Gaúcha, são aptas para produção de suco de qualidade. Elas conferem excelente aspecto, aroma agradável e, principalmente, ótimo equilíbrio entre acidez e açúcar ao produto final.
As tecnologias abordam a elaboração do suco de uva colonial, desde o processo artesanal até a fabricação industrial . O processo pode representar uma alternativa concreta para o pequeno produtor. Com as técnicas, é possível agregar valor na propriedade, além de produzir bebida natural, agradável e de elevado valor nutricional.
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Unidade: Embrapa Uva e Vinho
01/08/2003 - Sistema Santa Fé: integração-lavoura-pecuária para o aumento da sustentabilidade do agronegócio
Foto: Francisco Lins.
Sistema Santa Fé é uma tecnologia que permite o uso intensivo de áreas agrícolas na região de Cerrado com redução nos custos de produção. Isso porque proporciona o aproveitamento, durante todo o ano, das terras cultivadas com lavouras anuais de grãos na safra de verão.
O sistema permite o consórcio de grãos, como milho, sorgo e soja, com capim, principalmente a braquiária. Após a colheita do grão ao final da safra de verão, que vai de outubro a fevereiro, a produção forrageira da braquiária servirá para alimentar o gado na entressafra.
Outra forma de uso é a dessecação do capim para plantio direto, formando uma palhada espessa sobre o solo. Isso evita a erosão, impede o crescimento de mato e inibe a ação de fungos, como o causador do mofo branco do feijão. Consequentemente, o número de pulverizações com fungicidas diminui. Outro aspecto positivo é que o processo de degradação da palhada repõe parte dos nutrientes retirados da terra anteriormente.
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Unidade: Embrapa Arroz e Feijão
08/08/2003 - Tecnologia de aplicação de defensivos agrícolas
Produtores de culturas anuais de soja, milho, trigo, feijão e arroz buscam maior eficiência na aplicação de defensivos agrícolas, um processo ainda deficiente no Brasil. O crescente aumento nos custos de produtos químicos e mão-de-obra, assim como a necessidade de reduzir a poluição ambiental justificam a decisão dos produtores rurais.
Foto: Embrapa Soja.
A partir de experimentos e testes de validação, pesquisadores transferem tecnologias que melhoram a eficiência da aplicação de herbicidas, o que envolve o manejo correto de defensivos.
O produtor que pretende conduzir bem a aplicação de defensivos deve conhecer o tipo de praga e a maneira como elas se comportam no ambiente. O manuseio correto do pulverizador e a utilização de água limpa na calda de pulverização são fundamentais para garantir resultado de boa qualidade. As aplicações devem evitar o desperdício de energia e de produto químico.
Antes de qualquer aplicação, é preciso conhecer o funcionamento do pulverizador e fazer os ajustes necessários. Durante o processo, os fatores ambientais interferem decisivamente. Ventos superiores a 10 km/h, temperatura acima dos 30º C e umidade relativa abaixo dos 70% diminuem a eficiência da aplicação, pois favorecem a perda das gotas pulverizadas.
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Unidade: Embrapa Soja
15/08/2003 - Rastreamento e certificação de carne bovina
Os mercados europeu e asiático exigem informações detalhadas sobre procedência, manejo nutricional, sanitário e genético da carne bovina. Para garantir qualidade alimentar aos seus consumidores, o Brasil terá que adotar medidas de rastreamento do seu rebanho e certificação da qualidade de seus produtos.
Foto: Embrapa Gado de Corte.
Instalação de chip de identificação em bezerro.
Durante o programa, especialistas no assunto apresentarão as diferentes formas de identificação de bovinos, gerenciamento do rebanho e utilização dessas informações para atender à política governamental, como o Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (SISBOV), visando ao mercado interno e, principalmente, ao externo.
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Unidade: Embrapa Gado de Corte
22/08/2003 - Produção de mudas de citros de mesa em ambiente protegido
No Rio Grande do Sul, 25 mil hectares são ocupados por pomares com variedades citrícolas para mesa e suco. E, aproximadamente, 200 hectares produzem cultivares para mesa. A pior doença da cultura, o cancro cítrico, liquidou com centenas de pomares no Estado. Um dos motivos é a utilização de material genético sem certificação e ausência de cuidados fitossanitários. Mas agora, os fruticultores têm como evitar o problema e partir para grandes produções, especialmente os produtores da parte sul do Estado que, até então, dedicavam-se apenas à tradicional pecuária de corte. Hoje, eles têm na citricultura de mesa uma excelente opção de renda.
Foto: Embrapa Clima Temperado.
Borbulheira.
A Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento em Pesquisa (CNPq) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, produz borbulhas, material genético livre de vírus, para comercialização apenas para viveiristas autorizados.
As mudas crescem no borbulheiro, espécie de berçário onde são produzidas as borbulhas em grande escala que, mais tarde, vão para viveiros comerciais.
Nos laboratórios da Embrapa, desenvolveram-se as primeiras plantas de laranjas, entre elas navelinas, nave late, lane late, valencia late e salustiana, e dos híbridos nova e ortanique. Foram cerca de 60 plantas que, após serem testadas no Instituto Agronômico de Campinas (IAC), foram liberadas para profissionais que as comercializam.
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Unidade: Embrapa Clima Temperado
29/08/2003 - Prevenção e controle de anemia infecciosa eqüina no Pantanal
Os eqüinos são ferramentas de trabalho essenciais à mais importante atividade econômica do Pantanal, a pecuária de corte, que é desenvolvida extensivamente na região.
A anemia infecciosa eqüina (AIE), conhecida mundialmente como febre-do-pântano, é considerada uma das principais doenças que atacam eqüídeos na região pantaneira. Entre 1990 e 1995, a Embrapa Pantanal conduziu pesquisas sobre a AIE, que envolveram 28 fazendas e 3.285 eqüinos. Estudos permitiram a definição das épocas de maior risco de transmissão do vírus, entre outros resultados. Essas pesquisas deram origem ao Programa de Prevenção e Controle da AIE adequado à realidade do Pantanal.
Foto: Thadeu Barros.
Controle da anemia infecciosa eqüina.
Esse programa baseia-se no diagnóstico inicial e monitoramento periódico dos animais da propriedade, separação e manejo adequado de animais positivos e negativos e obtenção de potros negativos a partir de fêmeas positivas. A validação dessa tecnologia foi realizada com sucesso em propriedades da região. Em uma propriedade rural, 42,7% da prevalência da doença foi reduzida a zero em três anos.
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Unidade: Embrapa Pantanal
05/09/2003 - Produção e uso de sementes de forrageiras
Para obter uma pecuária produtiva, rentável e de qualidade, um dos fatores necessários é a formação de uma boa pastagem, com sementes de qualidade e com variedades adequadas a cada situação. Para isso, é necessária uma produção de sementes de forrageiras altamente profissionalizada e que siga recomendações técnicas.
A produção de sementes tornou-se uma atividade agrícola como qualquer outra, exigindo tecnologia, eficiência, bom gerenciamento e ótima qualidade. Da mesma maneira, o pecuarista também deve ser um bom agricultor, pois precisa formar suas pastagens de maneira altamente tecnificada e eficiente, com menores custos e maior produtividade e mais qualidade. Já se foi o tempo em que o gado, de corte ou de leite, era deixado pelos campos, alimentando-se de forragens de baixa qualidade e sem maiores cuidados de manejo.
Graças às modernas tecnologias adotadas pela pecuária brasileira nos últimos anos, entre elas a boa produção e o uso de sementes de forrageiras, a média de idade de abate do gado de corte foi reduzida de cinco para três anos. Isto levou à redução de custos e aumento de rentabilidade para o pecuarista, além de propiciar carne com melhor qualidade ao consumidor.
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Unidade: Embrapa Pecuária Sudeste
12/09/2003 - Produção de matrizes de morangueiro
A implantação de morangueiros com mudas sadias é a melhor medida para o manejo de doenças da cultura. O sistema proporciona a redução do uso de defensivos, aumenta a produtividade de maneira significativa e, com certeza, melhora a qualidade do morango. E mais, diminui os riscos de prejudicar a saúde de agricultores e consumidores da fruta.
Foto: Embrapa Clima Temperado.
Matrizes de morangueiro em laboratório.
Por todas essas vantagens, a Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS) estimula a produção de matrizes de morangueiro em todo o Brasil. O trabalho consiste no fornecimento de material com identidade genética e atualização tecnológica nas áreas de cultura in vitro de tecidos e fitossanidade. A pesquisa conta com apoio financeiro do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e do Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento (CNPq). Laboratórios comerciais e empresas parceiras também participam do trabalho. Uma delas é a In Vitro Biotecnologia, que já produz milhares de matrizes nesse sistema.
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Unidade: Embrapa Clima Temperado
19/09/2003 - Soca: alternativa para aumentar a rentabilidade do arroz irrigado
A soca é uma alternativa para aumentar a produtividade de arroz irrigado em várzeas tropicais. Além de garantir qualidade de produção, a tecnologia reduz a sazonalidade do uso de máquinas e implementos, propicia maior ocupação de mão-de-obra rural e aumenta a renda líquida dos produtores.
Foto: Embrapa Arroz e Feijão.
Soca do arroz irrigado.
Os resultados da implantação da tecnologia são garantidos. Caso fosse aplicada em apenas 15% da área cultivada com arroz irrigado no Estado do Tocantins, a soca possibilitaria acréscimo de 9 mil toneladas na produção, com melhor relação custo-benefício.
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Unidade: Embrapa Arroz e Feijão
26/09/2003 - Criação de suínos em cama sobreposta (fases: creche e gestação)
Nos últimos anos, a proposta de produção de suínos sobre cama tem sido ampliada pela Embrapa Suínos e Aves (Concórdia, SC). De acordo com as pesquisas realizadas, a produção de suínos em leito de maravalha, palha ou casca de arroz aumenta o bem-estar dos animais, evita a contaminação do meio ambiente por dejetos e fornece adubo de ótima qualidade. Com resultados comprovados, a Embrapa estendeu a tecnologia de criação de suínos sobre cama para as fases de creche e gestação. Antes, o uso comum desse sistema era restrito às fases de crescimento e terminação dos animais.
Foto: Jorge Somensi.
Suínos em cama sobreposta.
Na década de 90, a tecnologia sofreu uma paralisação, pois foi associada à incidência de linfadenite. No entanto, sabe-se que a doença pode ocorrer tanto em suínos criados sobre cama, como em animais de sistema com piso ripado. Estudos desenvolvidos por pesquisadores da Embrapa conseguiram dissociar a doença do sistema de cama sobreposta, mostrando que as camas não são portadoras do Mycobacterium, o causador da linfadenite. Caso o rebanho não esteja infectado, a doença não se manifesta.
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Unidade: Embrapa Suínos e Aves
03/10/2003 - Avanços tecnológicos na cultura do feijão-caupi
Os trabalhos realizados com feijão-caupi na Embrapa Meio-Norte (Teresina, PI) são referência nacional. Pesquisas feitas no campo experimental da Unidade produziram resultados positivos, como melhorias tanto na genética, quanto na arquitetura da planta.
As pesquisas são importantes também para a expansão da cultura não só no Nordeste, mas em outras regiões do país também. Após as mudanças na arquitetura da planta, houve aumento da área cultivada, melhoria no preço do feijão-caupi e mais geração de emprego e renda. Outro aspecto relevante, obtido a partir do estudo, foi o amadurecimento, simultâneo, de um número maior de vagens. Essa maturidade concentrada da planta, como a característica é conhecida, passou a facilitar a colheita.
Foto: Francisco Rodrigues Filho.
Feijão-caupi.
No programa, serão abordadas as características das cultivares, os tipos de grãos, a produtividade, as possibilidades de colheita mecânica e semi-mecânica após o melhoramento e a resistência das plantas a vírus e doenças.
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Unidade: Embrapa Meio-Norte
10/10/2003 - Cafeicultura orgânica
Cresce em todo o mundo o número de consumidores preocupados com as questões ambientais, sociais e de saúde. Por essa razão, novos nichos de mercado para o café surgem. São os chamados cafés especiais, dentre os quais, destaca-se o café orgânico.
Embora ainda pequeno, o mercado para café orgânico cresce cerca de 20% ao ano. Brasil, Costa Rica, Peru, México, Nicarágua, El Salvador e Colômbia são os principais países adeptos do sistema de cultivo orgânico. Enquanto Estados Unidos, Alemanha, Suíça, França, Áustria e Japão integram o grupo dos maiores consumidores do café.
Foto: Embrapa Agrobiologia.
Café cultivado organicamente ao lado de mamoeiro.
O consumo crescente, aliado à grande oferta do produto no mercado mundial, tem pressionado os países produtores a melhorarem a qualidade do café. Isso também motivou muitos cafeicultores a buscarem sistemas produtivos que representem uma oportunidade para agregação de valor, bem como a conquista de novos nichos de mercado, por meio do estabelecimento de sistemas de produção alternativos e ecologicamente corretos, tais como os sistemas orgânicos.
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Unidade: Embrapa Meio Norte
17/10/2003 - Cultivo protegido de hortaliças
Mais utilizado nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, o cultivo protegido de hortaliças é uma tecnologia viável para todo o País, produzindo plantas com aparência mais atrativa e produtos com melhor qualidade.
A técnica diminui a ação de fatores climáticos extremos que prejudicam o desenvolvimento das plantas, como condições de temperatura e luminosidade, chuva forte, vento, geada ou granizo, além de reduzir a ação de insetos, fungos, bactérias, vírus e nematóides. Entre os artifícios de proteção das hortaliças, estão a cobertura do solo ou da cultura e o cultivo em túneis ou em casas de vegetação.
Foto: Neville dos Reis.
Cultivo protegido de hortaliças.
No programa, especialistas no assunto vão mostrar como o cultivo protegido facilita a produção de hortaliças de alta qualidade, mesmo em condições climáticas, sanitárias e de solo desfavoráveis. Os tipos de proteção e manejo das culturas também serão apresentados.
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Unidade: Embrapa Hortaliças
24/10/2003 - Produção agroecológica de leite no Semiárido nordestino
As principais bacias leiteiras da região Nordeste estão localizadas no semiárido, onde a atividade é desenvolvida, basicamente, em estabelecimentos rurais familiares. Nos sistemas tradicionais de criação dos rebanhos leiteiros, o desempenho produtivo sofre grandes variações por causa do regime de chuvas da região.
Criados de forma extensiva, os animais contam com boa oferta de pastagem na época das chuvas, o que eleva a produção de leite. No período seco, que dura grande parte do ano, a vegetação nativa seca, perde suas qualidades forrageiras e, conseqüentemente, causa a diminuição da produção do leite. Para manter os mesmos níveis de produção de leite, o agricultor precisa investir na aquisição de insumos químicos, o que encarece o custo de produção.
No sistema de produção agroecológica de leite, desenvolvido pela Embrapa Semiárido, os recursos forrageiros que alimentam o rebanho são produzidos e armazenados na propriedade. Sua base fundamenta-se na utilização de pastagens nativas e cultivadas, como palma, leucena, milho e sorgo, em práticas de conservação de forragem, enriquecimento e aproveitamento de restos de cultura e criação semi-intensiva de animais mestiços holandês-zebu adaptados ao ambiente semiárido. Neste sistema, o litro de leite é produzido a dezesseis centavos, um dos valores mais baixos do Brasil.
A tecnologia procura equilibrar a disponibilidade dos recursos forrageiros com a quantidade de animais existentes na propriedade. Isso é essencial para que não falte alimento em nenhuma época do ano, nem mesmo na seca mais severa, quando as forrageiras são escassas e os animais costumam perder peso, produtividade, chegando até a morrer.
A partir do sistema agroecológico, também é possível obter leite livre de coliformes fecais. Isso porque o modelo de ordenha, diferente do convencional, evita a contaminação do produto. É um desempenho expressivo, obtido com um pequeno investimento, acessível aos agricultores familiares.
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Unidade: Embrapa Semiárido
31/10/2003 - Alimentação dos rebanhos nos períodos secos, no Semiárido nordestino
Na região nordeste, o número de caprinos e ovinos é expressivo se comparado à quantidade de animais criados em todo o Brasil. São 8,03 e 7,33 milhões de cabeças, respectivamente, o que representa 93,15% e 50,95% do rebanho nacional. Nessa mesma região, especialmente no semiárido nordestino, a pecuária confere maior estabilidade produtiva às propriedades, em especial às de agricultura familiar. Nos anos de seca mais severa, as perdas registradas na criação animal chegam a 20%, bem inferiores às causadas à agricultura, 84%.
No sistema de criação desenvolvido pela Embrapa, espécies da caatinga são utilizadas na alimentação dos animais no período de chuva, quando a vegetação é abundante e rica em plantas forrageiras. Neste período, os produtores são orientados a cultivar plantas adaptadas ao ambiente semi-árido, como maniçoba, guandu, melancia forrageira, capim buffel e palma. As técnicas de armazenamento de forragem também são essenciais para a alimentação, principalmente, na época em que os pastos nativos esgotam o valor nutricional.
Com o sistema, os produtores têm à disposição recursos forrageiros para alimentar o rebanho durante todo o ano. Desta forma, os animais não enfrentam o problema de engordar na época chuvosa e emagrecer no período de seca. Essa variação de peso limita o rendimento dos rebanhos nos sistemas pecuários tradicionais, quando os animais são criados de forma extensiva, soltos na vegetação nativa.
Uma das vantagens do sistema da Embrapa Semiárido é a maior capacidade de animais por hectare. Enquanto o produtor precisa de 15 hectares de caatinga para manter um animal, neste sistema são necessários cerca de 2 hectares. Além do mais, o sistema permite o uso reduzido de insumo externo, o que diminui o custo de operação.
A tecnologia permite também que os caprinos sejam abatidos entre os 4 e 6 meses de idade, quando estão com aproximadamente 25 kg. Este resultado antecipa em quase 9 meses o abate de animais, o que eleva a produtividade.
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Unidade: Embrapa Semiárido
07/11/2003 - Controle da ferrugem-asiática na soja
A ferrugem asiática na soja é causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, que interfere na fotossíntese das plantas e provoca queda prematura das folhas. O fungo não é transmitido via sementes ou grãos, mas pelo vento. Por isso, não há risco de introdução do fungo para outros países, por meio de grão exportado.
A ocorrência da ferrugem pode variar de um ano para outro, dependendo das condições climáticas. Na safra 2002/2003, a doença foi identificada em 90% da área plantada, causando severos prejuízos na Bahia e no Mato Grosso.
Os efeitos da ferrugem podem ser minimizados com a concentração do plantio antecipado e rotação com outras culturas, como milho e algodão. Os plantios de soja, no final do mês de outubro devem sofrer menos efeitos porque há menor quantidade de esporos do fungo da ferrugem no ar. Por isso, recomenda-se a utilização de cultivares precoces para que o plantio seja no início da época recomendada. Com essa alternativa, o produtor também leva vantagem no uso de fungicidas.
Foto: Embrapa Soja.
Ferrugem asiática na soja.
Na safra passada, 452 cultivares de soja passaram por testes de resistência a doenças. Desse total, mostraram-se resistentes 11 materiais genéticos. O problema é que houve quebra nessas fontes de resistência, por causa do aparecimento de uma nova raça do fungo causador da doença. Isso significa que não haverá cultivares resistentes a ferrugem nas próximas duas safras. A Embrapa continuará realizando pesquisas nessa área para desenvolver cultivares resistentes ao problema.
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Unidade: Embrapa Soja
14/11/2003 - Terminação de cordeiros em pasto
A terminação de cordeiros em pasto é uma das opções que o produtor de ovinos dispõe para resolver o grave problema da alimentação na época seca. O sistema é simples, de fácil manejo e de baixo custo. Pode ser usado durante todo o ano ou somente na época chuvosa. O produtor pode utilizar as forrageiras cultivadas na própria propriedade ou as recomendadas pela pesquisa e extensão rural.
Foto: Embrapa Caprinos e Ovinos.
Terminação de cordeiros em pasto.
Os principais benefícios dessa tecnologia são visíveis. O animal pode ser abatido já no sexto mês de idade, quando apresenta peso corporal médio de 26 quilos. Outras vantagens são garantidas: carne e pele de qualidade e constância da oferta desses produtos, o que atende a exigência do mercado. Tudo isso é viável do ponto de vista econômico, uma vez que gera retorno rapidamente.
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Unidade: Embrapa Caprinos e Ovinos
21/11/2003 - Produção integrada de frutas: melão
A Embrapa Agroindústria Tropical (Fortaleza, CE) coordena estudos de Produção Integrada de Frutas (PIF)–Melão. O objetivo é obter frutas de alta qualidade, usando recursos naturais e reduzindo, ao máximo, a utilização de insumos, inclusive agroquímicos e outras substâncias prejudiciais ao meio ambiente. Tudo para garantir a comercialização de frutas brasileiras no mercado externo.
A Comunidade Econômica Européia (CEE), maior consumidora de frutas tropicais, já definiu restrições a importação de produtos que não sejam orgânicos ou cultivados em sistemas integrados. O consumo desses produtos é uma tendência do mercado internacional que, além das barreiras tarifárias e fitossanitárias, passará a exigir controles sobre todo o sistema de produção. Isso inclui análise de resíduos nos frutos e estudos de impacto ambiental.
Foto: Cláudio Norões.
Sistema de packinghouse.
A PIF oferece garantia de processo, ou seja, assegura que em todas as etapas da cadeia produtiva houve respeito ao meio ambiente, à saúde dos trabalhadores e à qualidade externa e interna das frutas. A certificação de produto integrado será um elemento diferenciador, que vai facilitar a sua identificação e oferecer garantias ao consumidor.
Além de possibilitar a concorrência com o mercado internacional, a produção integrada é uma proposta de agricultura sustentável. As normas da produção vão orientar o produtor tanto no estabelecimento de critérios para a escolha de cultivares, quanto no sistema de plantio, tratos culturais, colheita, pós-colheita e controle de qualidade.
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Unidade: Embrapa Agroindústria Tropical
28/11/2003 - Terminação de ovinos com a utilização de resíduos da agroindústria
No Nordeste brasileiro, a ovinocultura é uma atividade com grande importância socioeconômica. Nos últimos anos, a crescente demanda tem estimulado produtores e agroindustriais a investirem nos diferentes segmentos da cadeia produtiva. Contudo, a qualidade e a quantidade da matéria-prima em oferta ainda estão muito aquém das sinalizações do mercado, uma vez que não existem regularidades na oferta e os animais são abatidos em idades bem acima do desejável.
Com a demanda reprimida, principalmente nas regiões metropolitanas, grande parte do mercado é abastecida com carne ovina importada de outras regiões do país e de nações integrantes do Mercosul, como Uruguai e Argentina. O manejo alimentar inadequado é o fator que mais contribui para o baixo desempenho animal.
Foto: Embrapa Caprinos e Ovinos.
Resíduos de agroindústria na alimentação de ovinos.
Por outro lado, as crescentes demandas por carne ovina têm levado o produtor nordestino a melhorar o manejo alimentar, com o objetivo de atender aos padrões exigidos pelo mercado. Entretanto, o processo produtivo depara-se com elevados custos na alimentação quando são utilizados concentrados provenientes de outras regiões, como milho e farelo de soja.
Uma solução viável é aproveitar resíduos de boa qualidade e baixo custo das agroindústrias frutíferas, instaladas na Região Nordeste. A redução dos custos de produção irá tornar o produto competitivo e, a médio e longo prazos, conquistar mercados externos.
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Unidade: Embrapa Caprinos E Ovinos
05/12/2003 - Aumento da eficiência da adubação na cultura da soja
A adubação é um dos itens mais caros no processo produtivo, porque representa, em média, 30% do custo de produção da soja. Os desequilíbrios no solo afetam diretamente a produção agrícola, porque quanto maior a produtividade, mais nutrientes são retirados do solo pelas plantas. Por isso, há a necessidade de reposição constante desses elementos. Esse é o papel da adubação.
Há vários anos os pesquisadores buscam alternativas para aumentar a eficiência da adubação, o que pode resultar em incremento na produtividade sem alterar o custo de produção com fertilizantes. É exatamente essa a função do Sistema Integrado de Diagnose e Recomendação (DRIS), tecnologia que será apresentada no programa, além de outras práticas que melhoram o balanço nutricional da soja.
O pesquisador César de Castro, da Embrapa Soja, explica que a análise de solo é o melhor indicador da situação de fertilidade do solo, enquanto a análise foliar revela o estado nutricional das plantas de soja. "Com as informações de análise de solo, de análise foliar e mais os índices apresentados pelo DRIS é possível avançar muito no que diz respeito à eficiência da adubação. O DRIS auxilia na decisão sobre a adubação e a necessidade de aplicação de nutrientes".
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Unidade: Embrapa Soja
12/12/2003 - Controle da sigatoca-negra na Amazônia
Mundialmente, a sigatoca-negra é tida como a doença mais grave da cultura da banana. A alternativa mais apropriada para combatê-la é substituir as cultivares tradicionais por materiais resistentes.
A doença foi registrada no Brasil no início de 1998, nos municípios de Tabatinga e Benjamim Constant, distantes, respectivamente, 1.105 e 1.118 km de Manaus, no Alto Solimões. Atualmente, encontra-se disseminada por todo o Amazonas, já tendo atingido os estados do Acre, Rondônia, Amapá, Roraima, Pará e Mato Grosso. Com a entrada da sigatoca-negra, o cultivo de banana diminuiu.
Em muitos municípios, cuja economia estava centrada na produção da fruta, as perdas chegaram a 100%, pois nos plantios eram usadas as cultivares prata, maçã e pacovan (plátano), altamente suscetíveis à doença.
A doença é causada pelo fungo Mycosphaerella fijiensis e sua presença no bananal pode ocasionar perdas totais. A grande preocupação é que a transmissão da sigatoca-negra é aérea; o vento naturalmente transporta o fungo e, depois de infestar as folhas, impede o desenvolvimento dos frutos.
Para uma cultura de importância econômica e social como a banana, o resultado pode ser desastroso. O tamanho da fruta e seu vigor determinam a aceitação nos mercados. E são justamente essas duas qualidades as mais afetadas pela doença.
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Unidade: Embrapa Amazônia Ocidental
19/12/2003 - Agricultura urbana
As pesquisas na área agropecuária têm sido fundamentais para a produção de alimentos nos campos brasileiros, onde a cada ano são batidos recordes de produtividade. A pesquisa pretende agora estender essa conquista para a agricultura urbana, estimulando iniciativas que signifiquem aumento na oferta de alimentos nos limites urbanos.
A prática da agricultura urbana tem um forte impacto nas cidades, principalmente junto às comunidades carentes, pois contribui para a melhoria da segurança alimentar, da nutrição e saúde humana, além de tornar o ambiente mais limpo, reduzindo surtos de doenças. Hortas caseiras e comunitárias e a criação de pequenos animais são exemplos de como utilizar terrenos que antes estavam abandonados ou sendo utilizados como depósitos de entulhos e lixos para produzir alimentos para o sustento próprio ou para comercialização.
No programa será mostrado algumas técnicas que podem ser empregadas pelo agricultor urbano como a hidroponia e o cultivo utilizando materiais reciclados como pneus, canos de pvc e garrafas pets sendo alternativas ao solo coberto de concreto das cidades.
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Unidade: Embrapa Cerrados