Programas 2004

Lançada em 2001, a tecnologia de processamento de cenouras nas formas cenourete e catetinho foi adotada inicialmente por cerca de 15 agroindústrias de diversas localidades. A introdução desses novos produtos teve como conseqüência a substituição de cenouras baby-carrot e a redução de 25 por cento do preço para o consumidor. Ainda assim, o custo das minicenouras continuou elevado.

Foi para baratear ainda mais esse produto que a Embrapa Hortaliças desenvolveu equipamentos e processos que facilitam e aceleram o preparo, aumentam o rendimento, reduzem os custos industriais, melhoram a conservação e a aparência das minicenouras. O primeiro aparelho, uma guilhotina acionada manualmente, permite que o operário faça os cortes da matéria-prima de forma adequada para a produção. O segundo, a máquina Precisa possibilita o corte múltiplo da cenoura inteira, proporcionando a preparação de até 168 raízes por minuto. Além disso, a Embrapa vem utilizando, com sucesso, um recobrimento comestível aplicado às minicenouras que elimina problemas de esbranquiçamento e mela, efeitos indesejáveis nas etapa de conservação e comercialização.

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Unidade: Embrapa Hortaliças


 

O artesanato com palha de milho tem se tornado fonte de renda para as comunidades rurais mineiras. A Embrapa Milho e Sorgo avaliou acessos do Banco Ativo de Germoplasma de Milho quanto às características da palha para iniciar um programa de melhoramento que considere produção de grãos e qualidade da palha. Esse trabalho está sendo realizado em parceria com a Emater-MG e com as comunidades do Planalto de Minas, distrito de Diamantina e Cipotânea.

Características como peso, número e comprimento de espigas com palha, intensidade de pigmentação e textura da palha estão sendo avaliadas nesse projeto participativo.

Com esse trabalho, a Embrapa pretende agregar valor à produção das artesãs das comunidades que desenvolvem trabalhos com palha de milho. O trabalho de artesanato poderá ser feito com produtos de maior qualidade, tendo opções de palha de milho de variadas cores e tipos.

Foto: Flavia França Teixeira.
Produtos feitos de palha de milho.
Artesanato com palha de milho.

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Unidade: Embrapa Milho e Sorgo


 

A lagarta-do-cartucho é hoje a principal praga que ataca as lavouras de milho no Brasil. A Embrapa está desenvolvendo formas de controle biológico dessa lagarta, usando os seus inimigos naturais. Um deles é a vespinha Trichogramma, que se alimenta dos ovos da lagarta-do-cartucho, tendo grande eficiência no controle de diversas pragas agrícolas, além de ser de fácil multiplicação em laboratório.

O processo de criação da vespinha é bastante simples. No programa, os convidados apresentaram a técnica para multiplicação desse inseto de forma que possa ser adotada pelos agricultores brasileiros.

O controle de pragas do milho, como a lagarta-do-cartucho e a lagarta da espiga, com a utilização da vespa Trichograma, mostra-se eficiente, além de ser mais barato do que a aplicação de agrotóxicos, sem contar os benefícios ambientais proporcionados pelo controle biológico.

  Foto: Márcio Monteiro.
Criação da vespinha ovos.

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Unidade: Embrapa Milho e Sorgo


 

A cafeicultura brasileira tem um elevado número de cafeicultores empresariais, com grandes lavouras, com acesso a informações, crédito e tecnologia avançada para atender toda a cadeia produtiva do café. Apesar disso, 60% das propriedades agrícolas do Brasil que trabalham com café têm área inferior a 20 hectares e cultivam lavouras com menos de 100 mil plantas.

Essas propriedades são administradas e manejadas em âmbito familiar. Ao contrário da cafeicultura empresarial, os pequenos produtores têm dificuldades de acesso a assistência técnica, crédito, informação e tecnologia de preparo.

Os pesquisadores do Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café (CBP&D-Café), composto por várias instituições de pesquisa, entre elas a Embrapa, estão produzindo técnicas e equipamentos compatíveis com a capacidade de investimento desse grupo de cafeicultores.

   Foto: Embrapa Café.
Colheita de café.

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Unidade: Embrapa Café


 

A Instrução Normativa 51, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, entra em vigor em 2005 e vai exigir que o produtor armazene o leite em tanques de refrigeração. A norma também vai impedir a comercialização de produtos que não atendam aos critérios microbiológicos determinados.

A maior parte dos produtores de leite são pequenos pecuaristas com produção em base familiar e, para eles, o investimento em tanques de resfriamento se torna inviável. Uma saída para esses produtores é o associativismo. Em várias partes do Brasil, orientados por prefeituras, laticínios e cooperativas, os pequenos pecuaristas estão se unindo para adquirir tanques e adotar medidas coletivas de produção de leite com qualidade.

De acordo com as pesquisas realizadas pela Embrapa Gado de Leite, é perfeitamente possível obter leite com baixa contagem bacteriana a partir dos tanques comunitários, desde que os produtores se organizem com atenção fixa na qualidade, comprometidos com a higiene. Outra condição é que o leite seja levado ao tanque imediatamente após a ordenha, para não ter problemas com a contagem microbiana.

  Foto: Arquivo Embrapa Gado de Leite.
Tanque com leite de produção.

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Unidade: Embrapa Gado de Leite


 

A cevada, introduzida no Cerrado brasileiro como uma cultura de inverno, tem como objetivos básicos suprir a demanda interna de malte e fornecer ao agricultor do Brasil Central uma alternativa para diversificar e integrar o sistema de produção irrigado, assegurando, assim, uma produção total mais estável.

Como cultura alternativa ao sistema agrícola da região, a cevada vem se destacando por sua adaptação às condições de clima e de solo desta região, pela baixa incidência de doenças e pelo seu elevado potencial produtivo. Com o intuito de resolver estes problemas, a Embrapa Cerrados e a Embrapa Trigo lançaram, em 1990, a Cultivar BRS 180.

No Brasil Central, a cevada cervejeira tornou-se uma realidade com a instalação de uma indústria de malte no Estado de São Paulo, a Malteria do Vale, ampliando, assim, as perspectivas para o cultivo de cevada no Cerrado. Em 1999, cultivaram-se apenas 230 ha da cevada de seis fieiras BRS 180 para a produção de sementes. Em 2000, a área plantada atingiu 1.600 ha e, em 2001, a área de produção de cevada no Cerrado restringiu-se aos Estados de Goiás e de Minas Gerais, totalizando 1.784 ha, onde o rendimento médio foi de 4.177 kg/ha.

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Unidade: Embrapa Cerrados


 

O Sistema de Controle da Pesca de Mato Grosso do Sul (SCPESCA/MS), ligado diretamente à conservação dos recursos pesqueiros do Pantanal, foi implantado há 10 anos, numa parceria envolvendo a Embrapa Pantanal, o 15º Batalhão de Polícia Militar Ambiental e as Secretaria de Estado do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul.

Ele tem como principal objetivo coletar e analisar informações sobre a pesca, que permitem subsidiar o seu gerenciamento no Estado. O sistema contabiliza todo o pescado capturado por pescadores profissionais e esportivos que atuam no Pantanal e em toda a Bacia do Alto Paraguai no Estado de Mato Grosso do Sul. Por meio desse sistema, são obtidas 31 variáveis sobre a pesca.

Assim, por meio do SCPESCA/MS, foram realizados os primeiros estudos sobre a avaliação do nível de exploração dos estoques pesqueiros das espécies de peixes mais importantes para a região. A avaliação é uma importante ferramenta que permite fazer previsões sobre os estoques e apontar diferentes opções para o manejo. As previsões e o entendimento do perfil da pesca são fundamentais para subsidiar as decisões do Conselho Estadual de Pesca de Mato Grosso do Sul, a fim de garantir o desenvolvimento sustentável da pesca na região.

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Unidade: Embrapa Pantanal


 

O umbuzeiro é uma das principais fontes de renda para uma expressiva quantidade de famílias das regiões secas do Nordeste. Largamente consumido na região, o fruto do umbuzeiro é comercializado na forma in natura e por isso, a atividade produtiva fica restrita aos meses de colheita.

O processamento do umbu na forma de doces, geléias, sucos e picles torna-se uma alternativa para elevar a renda das famílias rurais. Além disso, a Embrapa vem desenvolvendo técnicas simples de armazenamento da polpa em temperatura ambiente que possibilitam ao produtor dispor da matéria-prima para processamento durante o ano inteiro, garantindo renda mesmo fora dos meses de safra de umbu.

Uma das vantagens dessa tecnologia é que, além de expressar o potencial de geração de renda para os agricultores e suas famílias, o rendimento do fruto processado chega a valer vinte vezes mais do que aquele obtido por meio da venda do produto in natura.

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Unidade: Embrapa Semiárido


 

A farinha de mandioca pode servir como matéria-prima para a produção de pellets.  O pellet é uma placa pré-cozida a partir da qual são feitos os salgadinhos fritos – os snacks, muito apreciados pelas crianças e consumidos também como tira-gosto pelos adultos.

A Embrapa Agroindústria de Alimentos vem desenvolvendo métodos e técnicas de processamento da mandioca e sua transformação em pellets, que podem ser utilizados por pequenos e médios produtores, cooperativas, para adicionar valor aos derivados da mandioca e oferecer ao mercado um produto diferenciado e de boa qualidade.

Foto: José Ascheri.
Pellets normal e um frito.
Teste de validação de pellets.

O processo utiliza a mandioca – matéria-prima de alta disponibilidade no país a preços competitivos; com isso, pode-se reduzir a importação de trigo. O pellet pode ser armazenado por até um ano, facilitando a etapa de comercialização - e após a fritura, pode ser imediatamente consumido.

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Unidade: Embrapa Agroindústria de Alimentos


 

Somando mais de cinco milhões de índios na época da colonização do Brasil, hoje essa população é de pouco mais de trezentos e quarenta mil. As etnias restantes procuram manter sua língua e suas tradições, frente a uma pressão constante do progresso. O povo Krahô, que habita o nordeste do Estado do Tocantins, em determinada época de sua história foi estimulado ao monocultivo, com a utilização de material híbrido, perdendo várias de suas sementes tradicionais, como o milho, por exemplo, sofrendo com isso um drástico empobrecimento cultural e comprometendo sua segurança alimentar.

Graças à Embrapa, que havia coletado material genético de milho em diversas aldeias no Brasil, na década de 70, com fins de conservação, foi possível restituir sementes tradicionais, consideradas perdidas. Esse contato originou o projeto Etnobiologia, Conservação de Recursos Genéticos e Segurança Alimentar, com o objetivo de enriquecer roças e quintais com a reintrodução de materiais genéticos considerados perdidos pelos Krahô e introduzindo outros, adaptados aos costumes locais, além de diversas ações para garantir a segurança alimentar daquele povo.

Foto: Jorge Duarte.
Índios examinando a conserva.
Índios Krahô examinando material conservado pela Embrapa.

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Unidade: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia


 

Os trabalhos de construção ou ampliação de aeroportos envolvem uma expressiva movimentação de terra, podendo gerar impactos negativos na estrutura do solo, na fauna, na flora e nos recursos hídricos do local, além de provocar sérios desequilíbrios ambientais.

A Embrapa Solos vem desenvolvendo projetos, em conjunto com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária - Infraero, que buscam recuperar essas áreas degradadas. As pesquisas da Embrapa têm gerado novas técnicas de recuperação de áreas degradas pela erosão, tendo como primeiro exemplo duas áreas do Aeroporto Tom Jobim, no Rio de Janeiro.

O trabalho realizado pela Embrapa Solos lança mão de alternativas ecológicas e econômicas, como o uso do lodo de esgoto como fonte de matéria orgânica para a adubação das plantas usadas para a revegetação do local. A intervenção da Embrapa modificou o relevo, a rede de drenagem, as propriedades do solo e a biodiversidade local, o que contribuiu para a enorme mudança visual da área. Outro efeito positivo foi a diminuição do número de urubus circulando pelo terreno do aeroporto.

Foto: Embrapa Solos.
Vegetação Recuperada.
Área recuperada. Vegetação apresentando floração.

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Unidade: Embrapa Solos


 

Desde a década de 80, quando iniciou o desenvolvimento de pesquisas de biotecnologia da reprodução animal, a Embrapa vem colecionando resultados positivos para a agropecuária brasileira, entre eles o nascimento da bezerrinha Lenda da Embrapa, animal clonado a partir das células da granulosa – que circundam o óvulo – de uma fêmea bovina, de elevado valor genético, morta por acidente. Esse tipo de clonagem representa extraordinária contribuição tanto na reprodução de animais de alto valor produtivo como na preservação de espécies silvestres ameaçadas de extinção, muitas freqüentemente vítimas de atropelamentos. Outro feito foi a Vitoriosa, o clone da Vitória da Embrapa (o primeiro clone bovino da América Latina), isto é: o clone do clone, obtido a partir de células isoladas de um pedaço de pele da orelha da Vitória, quando esta tinha aproximadamente um ano de idade.

Estes são alguns exemplos das biotécnicas de reprodução animal atualmente estudadas pela Embrapa e que serão abordadas no programa. As pesquisas avançam nas áreas de inseminação artificial, transferência e bipartição de embriões, criopreservação de ovócitos (óvulos), identificação do sexo de embriões, produção in vitro de embriões, clonagem e obtenção de animais transgênicos.

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Unidade: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia


 

A Embrapa desenvolveu uma tecnologia de conservação de água de coco verde envasada, que mantém as propriedades nutricionais do fruto, não altera seu sabor e oferece maior tempo de prateleira ao produto. Isto é conseguido graças ao processo de ultrafiltração, que consiste na filtragem da água de coco por uma membrana microporosa em temperatura ambiente. Nela, ficam retidos os microorganismos responsáveis pela deterioração da água de coco e as enzimas que provocam alterações sensoriais (na cor, sabor e aroma do produto).

A água de coco ultrafiltrada, acondicionada em garrafas plásticas de 300mL, pode ser armazenada sob refrigeração por até 28 dias. Os testes de vida de prateleira revelaram resultados satisfatórios quanto à qualidade microbiológica e quanto à não ocorrência de alterações na cor do produto. Ultrafiltrada e adequadamente envasada, a água pode ser facilmente transportada, com redução no custo do transporte. A aplicação de técnicas de conservação permite também formalizar o comércio do coco verde, otimizar o aproveitamento da fruta, diminuir a participação percentual de intermediários que oneram o custo final do produto, além de gerar empregos em um novo nicho industrial.

Foto: Embrapa Agroindústria de Alimentos.
Técnica de conservação de água de coco.
Proveta e membrana.

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Unidade: Embrapa Agroindústria de Alimentos


 

O ponto principal do programa é a importância da conservação do material genético nas pequenas propriedades rurais, o que tem servido para que a própria Embrapa e outras instituições de pesquisa possam organizar bancos ativos de germoplasma com o objetivo de conservar para as gerações futuras, caracterizar e usar esse material genético para criar novas variedades mais produtivas e resistentes a pragas e doenças.

Como convidadas estão a pesquisadora Caroline Castro, da Embrapa Clima Temperado, e a agricultora  Célia Mello, produtora de hortaliças na Ilha dos Marinheiros, no extremo Sul do RS, cuja propriedade familiar tem conservado, por gerações, sementes crioulas de cenoura, cebola e cucurbitáceas (abóboras, melões, melancias, pepinos e porongos).

Foto: Antônio Roberto Medeiros.
Variedades de abóboras.
Variedades crioulas de abóboras.

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Unidade: Embrapa Clima Temperado


 

O programa irá abordar os principais passos tecnológicos para o cultivo da mamoneira em bases rentáveis, desde o preparo do solo até a comercialização, além de explicar a importância do biodiesel como combustível estratégico para o país e  mostrar o processo de transformação do óleo de mamona em biodiesel e seus benefícios para a indústria, o meio ambiente, produtores e para a sociedade em geral.

No programa, o sistema de cultivo dará ênfase ao consórcio mamona mais o feijão vigna, indicado para a Região Nordeste.  As cultivares e as demais informações com relação ao cultivo e à cadeia produtiva são adequadas a todas as regiões do Brasil.

Foto: Liv Soares Severino.
Cacho de mamona.

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Unidade: Embrapa Algodão


 

Para cumprir determinação governamental de combater a anemia por carência de ferro e os problemas de saúde provocados pela carência de ácido fólico na gestação, a Embrapa Agroindústria de Alimentos sistematizou o processo de enriquecimento com ferro e ácido fólico de farinhas de trigo, fubá e flocos de milho.  A anemia representa um grave problema de saúde pública, principalmente em crianças e em mulheres em idade reprodutiva. A carência de ácido fólico provoca malformações nos fetos, como mielomeningocele e lábio leporino.

O Dia de Campo na TV vai abordar as orientações para a adição de ferro que vêm sendo repassadas ao setor moageiro nacional na forma de manuais técnicos contendo informações sobre as farinhas enriquecidas e os efeitos benéficos que estas vão provocar na prevenção da anemia ferropriva e dos problemas decorrentes da ausência de ácido fólico.

O público-alvo são os empresários e profissionais do setor de moagem de trigo e milho, panificação, massas e biscoitos, profissionais dos setores de alimentos e saúde, e a população em geral, que vai consumir os produtos enriquecidos com ferro.

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Unidade: Embrapa Agroindústria de Alimentos


 

A Embrapa Milho e Sorgo, em parceria com a Emater-MG, a prefeitura municipal de Sete Lagoas e a Companhia Energética de Minas Gerais – Cemig, desenvolvem na cidade um trabalho com hortas comunitárias utilizando a tecnologia do lago lonado. As hortas são cultivadas em áreas sob fios de alta tensão, antes sem utilidade para as comunidades dos bairros próximos a elas. Atualmente, cerca de 250 famílias (quase 1.000 pessoas) estão sendo beneficiadas com o projeto.

Foto: Embrapa Milho e Sorgo.
Construção de lago lonado.A tecnologia do lago lonado foi disponibilizada pela Embrapa, que fez também um projeto distribuindo os lotes e as caixas armazenadoras da água. São três lagos, que permitem a distribuição da água, de forma igualitária, através da gravidade. É uma tecnologia barata, que traz benefícios práticos à comunidade que dela faz uso. Além de ser utilizado para irrigação, o lago lonado serve para atividades de lazer e turismo (lagos ornamentais em sítios e chácaras), ecológicas (para acondicionar e tratar dejetos líquidos poluentes de animais, frigoríficos e urbanos), piscicultura, entre outras.

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Unidade: Embrapa Milho e Sorgo


 

O manejo integrado utiliza múltiplas táticas para o controle de pragas para manter a população dos insetos abaixo do nível de dano econômico e leva em consideração critérios econômicos, ecológicos e sociais.

Essas táticas envolvem um somatório de conhecimentos sobre os insetos, a cultura, ecossistema, economia, estatística, e a participação de profissionais de diversas áreas.

São apresentadas algumas táticas de controle que podem ser utilizadas dentro de um programa de manejo das pragas do café, como o controle biológico, físico, químico, comportamental, cultural e resistência de plantas, objetivando reduzir custos e riscos toxicológicos ao homem, animais e meio ambiente.

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Unidade: Embrapa Café


 

Tarefas que eram feitas com a ajuda de satélites agora são desempenhadas por um aeromodelo, de custo reduzido e muito mais flexível, desenvolvido pela Embrapa Instrumentação, em parceria com o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da USP de São Carlos. O protótipo facilita levantamentos topográficos, obtenção de mapas detalhados de propriedades e avalia o estado das lavouras que sobrevoa, identificando os pontos dos terrenos que estão sujeitos à erosão, localizando pragas na lavoura e detectando diversas deficiências. Equipado com câmeras e transmissores que mandam informações para um computador em terra, o aeromodelo apresenta vantagens em relação à utilização de aeronaves convencionais tripuladas, como por exemplo, a possibilidade de operação em velocidade e altitudes menores, alta tecnologia de processamento e análise de imagens agregadas.

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Unidade: Embrapa Instrumentação


 

A minhocultura tem se revelado uma atividade rentável na produção de insumos para a agricultura orgânica por meio da vermicompostagem. A vermicompostagem é a utilização de minhocas no processamento de restos orgânicos (lixo doméstico, estercos, restos vegetais, etc.), transformando-os em adubo a ser utilizado no solo. O produto resultante é chamado de vermicomposto ou húmus de minhoca.

Por ser uma tecnologia de baixo custo, a vermicompostagem é adaptável à pequena produção. O interesse por essa técnica é observado tanto no meio rural quanto nas cidades, já que a atividade não exige muito espaço.

Foto: Embrapa Agrobiologia.
Solo com minhocas.
Minhoca e húmus.

A produção de vermicomposto na propriedade pode significar a possibilidade de se produzir adubo orgânico de boa qualidade, sem gastar muito, utilizando diferentes resíduos orgânicos. Além disso, o uso desses resíduos para produção agrícola garante produtos mais saudáveis para o consumo, sem danos ao meio ambiente e ao homem.

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Unidade: Embrapa Agrobiologia


 

A Embrapa Tabuleiros Costeiros e a Embrapa Milho e Sorgo desenvolveram a variedade BRS Assum Preto, apropriada para as características do Semiárido Nordestino. Essa variedade é de ciclo superprecoce (da emergência das sementes à colheita são apenas 100 dias, 20 a 30 dias a menos que o da maioria das variedades de milho) e possui alta qualidade de proteína, que é 50% mais rica nos aminoácidos lisina e triptofano.

Foto: Embrapa Tabuleiros Costeiros.
Plantação de Milho.
Milho para o Semiárido Nordestino.

Características agronômicas – tipo de grãos semiduros; coloração amarelo-laranja; boa tolerância ao acamamento; empalhamento muito bom e produtividade superior a 3,500 kg/ha – fazem do Assum Preto uma excelente opção para os agricultores de baixa renda e podem repercutir no aumento da produção desse cereal na região semiárida nordestina. O seu uso possibilita uma alimentação equilibrada, trazendo grandes benefícios sociais, se essa variedade for utilizada na merenda escolar e nos programas de combate à fome, incrementando a dieta protéica de grande parte da população.

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Unidade: Embrapa Tabuleiros Costeiros


 

Os cogumelos são fungos conhecidos pela humanidade desde os primórdios da sua história. Com a biotecnologia, essas espécies passaram a ser mais estudadas e ganharam importância como atividade geradora de emprego e renda para pequenas propriedades rurais, pelas suas potencialidades nutricionais e medicinais.

Foto: Edvalson B. Silva.
Cultivo de cogumelos.

Colheita de cogumelos.

O programa mostra a técnica chinesa Jun-cao, adaptada pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia às condições brasileiras. Resíduos orgânicos e materiais simples, acondicionados em sacos de plástico, compõem a fórmula do substrato, que substitui o cultivo tradicional em toras de madeira e serragem. Participe e tire suas dúvidas sobre a técnica Jun-cao de produção, sobre o potencial de mercado e sobre as qualidades nutricionais e medicinais.

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Unidade: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia


 

A criação de galinha caipira em propriedades familiares é feita tradicionalmente de forma extensiva, sem instalações apropriadas ou práticas eficientes de manejo que contemplem os aspectos reprodutivos, nutricionais e sanitários, o que acaba resultando em índices de fertilidade e natalidade reduzidos. A Embrapa desenvolveu tecnologia que pode modificar essa realidade.

Foto: Embrapa Meio-Norte.
Viveiro de galinhas.
Instalação de criação de galinha caipira.

A Embrapa Meio-Norte idealizou uma tecnologia de criação de galinha caipira, dirigida ao agricultor familiar, capaz de organizar, de forma gerenciada, a atividade de criação dessas aves. Esse sistema alternativo melhora a qualidade de vida das famílias, seja pela maior oferta de carne e ovos de qualidade na sua alimentação, seja pela possibilidade de venda do excedente, uma vez que aumenta de forma substancial e eficaz, a capacidade produtiva do plantel.

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Unidade: Embrapa Meio-Norte


 

O programa apresenta as variedades de uva sem sementes desenvolvidas pelo  Programa de Melhoramento Genético da Embrapa Uva e Vinho – a BRS Clara, a BRS Linda e a BRS Morena.

As pesquisas para adaptação de cultivares de uvas sem sementes estrangeiras às condições brasileiras vêm sendo realizadas desde 1993. Mesmo apresentando resultados satisfatórios, sentiu-se a necessidade de realizar  um Programa de Melhoramento Genético iniciado em 1997, que contou com o respaldo dos produtores.

Foto: Embrapa Uva e Vinho.
Uvas Clara, Morena e Linda.
BRS Clara, BRS Morena e BRS Linda. 

As variedades desenvolvidas pela Embrapa Uva e Vinho têm ciclo precoce, são mais competitivas e mais produtivas nas condições tropicais que as uvas sem sementes estrangeiras. Enquanto as estrangeiras produzem 15t/ha, as da Embrapa chegam a 35t/ha, exigindo pouca mão de obra e aplicação de fungicidas.  Além de produzirem bagos maiores de uvas e dispensarem seu raleio, as variedades brasileiras apresentam menor custo de produção em relação às uvas finas com sementes tradicionais.

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Unidade: Embrapa Uva e Vinho


 

O programa mostra como o aproveitamento de frutas nativas do Cerrado – baru, pequi, mangaba, araticum, cagaita, gueroba, buriti e jatobá – pode ser uma fonte de renda para comunidades tradicionais da região, de maneira sustentável.

A utilização indiscriminada dos recursos naturais e o pouco conhecimento sobre o manejo e a utilização de espécies nativas têm gerado impactos negativos, como a degradação ambiental acelerada e o empobrecimento das comunidades que vivem do extrativismo no Cerrado.  A Embrapa vem desenvolvendo um trabalho nessas comunidades, mostrando como podem aproveitar melhor todo o potencial das frutas nativas da região.

Foto: Arquivo Embrapa/CMBBC.
Fruta Pequi.
O processamento do pequi começa a partir da extração do caroço.

Os pequenos produtores têm alcançado benefícios com a coleta, o cultivo e o processamento de frutas nativas do Cerrado, conhecendo e preservando o ambiente em que vivem. Muitos desses produtos já caíram no gosto popular, conquistando supermercados, restaurantes e sorveterias, e abrindo novos mercados.

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Unidade: Embrapa Cerrados


 

O programa apresenta a primeira indicação de Procedência do Brasil: o Vale dos Vinhedos, que obteve registro do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) em 2002.

A região demarcada do Vale dos Vinhedos, localizada na Serra Gaúcha – Rio Grande do Sul, compreende parcialmente os municípios de Bento Gonçalves, Garibaldi e Monte Belo do Sul, congregando 23 vinícolas da região pertencentes à Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale).

Foto: Gilmar Gomes.
Vinho Vale dos Vinhedos
Rótulo e selo de indicação de procedência.

A obtenção da indicação de Procedência Vale dos Vinhedos representa um novo patamar na produção, organização e comercialização dos vinhos brasileiros, colocando-os no caminho da consagrada vitivinicultura internacional, como por exemplo do Vinho do Porto produzido em Portugal ou do Champagne produzido na França.

A partir da experiência obtida, a Embrapa Uva e Vinho, em cooperação com outras instituições, executa atualmente diversos projetos em outras regiões produtoras de vinhos, como o Vale do São Francisco, no Nordeste, e Pinto Bandeira, na Serra Gaúcha, que buscam chegar à Indicação de Procedência. Além do vinho, outros produtos brasileiros também pretendem tal qualificação, como é o caso do café do Cerrado e da cachaça brasileira.

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Unidade: Embrapa Uva e Vinho


 

Este Dia de Campo na TV mostra as pesquisas realizadas pela Embrapa Algodão para o desenvolvimento de cultivares coloridas, os principais passos para o cultivo da fibra em bases rentáveis, a adaptabilidade das variedades coloridas às condições climáticas do Semiárido nordestino e as vantagens de seu cultivo para o agricultor familiar, além de aspectos relacionados ao manejo de pragas. O telespectador irá conhecer também a mini-usina de beneficiamento de algodão, desenvolvida pela Embrapa para agregar valor ao produto, e a organização dos produtores e pequenas indústrias da região em um consórcio que está produzindo e exportando peças de algodão colorido.

O algodão colorido é hoje um dos maiores nichos de mercado para o Semiárido nordestino, por suas características apropriadas para as condições de solo e clima dessa região e pelo crescimento da demanda por produtos que não agridam o meio ambiente.

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Unidade: Embrapa Algodão


 

Por meio de parceria com a Cooperativa Vinícola Aurora e com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (FAPERGS), a Embrapa Uva e Vinho vem realizando trabalhos de cobertura do solo de parreirais e também em manejo de vinhedos na Serra Gaúcha. O objetivo é realizar a proteção do solo contra a erosão, a insolação e a lixiviação, e manter a sua estrutura física, biológica e química.

Foto: Odoni Loris de Oliveira.
Plantação de Aveia.
Aveia semeada a lanço sem preparo do solo em vinhedos.

As tecnologias apresentadas no Dia de Campo na TV são resultado de dois anos de pesquisas em que se conseguiu o estabelecimento da maioria das espécies sem preparo do solo. A partir do conhecimento das curvas de crescimento, da fisiologia, da morfologia e do comportamento das diferentes espécies usadas na cobertura verde, e da curva de crescimento das videiras, é possível determinar o melhor manejo a ser adotado e as  vantagens e desvantagens no seu uso.

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Unidade: Embrapa Uva e Vinho


 

A tartaruga da Amazônia é o maior quelônio de água doce da América do Sul, podendo atingir 80 cm de comprimento por 60 cm de largura e pesar 60 kg.

Além das condições ecológicas, biológicas e hídricas favoráveis ao desenvolvimento da aquicultura no Amazonas, a Embrapa Amazônia Ocidental vem demonstrando a viabilidade econômica da criação, em cativeiro, de peixes e quelônios da região, como tambaqui, matrinxã e tartaruga.

Foto: Embrapa Amazônia Ocidental.
Tartaruga
Tartaruga da Amazônia criada em viveiro legalizado.

Os estudos concluem que a criação dessas espécies em cativeiro, especialmente em Manaus, é uma alternativa economicamente viável e vantajosa. As tecnologias a serem mostradas poderão ajudar na proteção da espécie – que vem sendo muitas vezes abatida de forma predatória pelo sabor diferenciado de sua carne, que chega a valer até 15 vezes mais que a carne bovina.

O sistema de produção de tartarugas na densidade de estocagem de 5 mil unidades/ha, com peso médio inicial de 200 g em ciclo de 36 meses, é o mais recomendado para uso.

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Unidade: Embrapa Amazônia Ocidental


 

Toda a sociedade sonha com uma agricultura produtiva conduzida em harmonia com o meio ambiente. Neste programa, veremos a concretização desse sonho por meio do trabalho exemplar de cooperados da ECOCITRUS (Cooperativa de Citricultores Ecológicos do Vale do Caí).  São agricultores estabelecidos em pequenas propriedades familiares, organizados em prol de uma produção sem agroquímicos e da valorização da vida no campo.

O sistema de produção utilizado desafia o conhecimento científico. As frutas ecológicas apresentam igual aparência àquelas obtidas pelos métodos tradicionais, com o diferencial de serem produzidas em equilíbrio com o meio ambiente.

Com técnicas simples, os agricultores estão obtendo níveis de produtividade semelhantes aos do sistema convencional, porém com custo consideravelmente inferior e com mínima agressão ao meio ambiente.

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Unidade: Embrapa Clima Temperado


 

O mamoeiro quando cultivado em solos coesos apresenta crescimento prejudicado por fatores como a redução do volume do sistema radicular causada pela reduzida capacidade de armazenamento de água desses solos, além de acentuada deficiência hídrica nos períodos de estiagem. Por outro lado, no período chuvoso, o solo denso retém o fluxo de água e permanece encharcado por muito tempo, provocando amarelecimento e queda prematura das folhas, redução da produção ou até mesmo a morte das plantas.

Plantação de Mamoeiros.

A Embrapa Mandioca e Fruticultura, em parceria com a Escola de Agronomia da Universidade Federal da Bahia, Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) e Fazenda Lagoa do Coco, vem desenvolvendo um trabalho com subsolagem para implantação de pomar e manejo de coberturas vegetais como  adubos verdes (leguminosas), no controle integrado de plantas infestantes nessa cultura, buscando um manejo sustentável que possibilite aos produtores maiores produtividades com redução de custos e preservação dos recursos naturais. Os tratamentos com leguminosas são os que têm apresentado maiores acréscimos, com 17% na porosidade total e 102% na macroporosidade – que são os espaços maiores do solo e os responsáveis pela infiltração de água e também pelo desenvolvimento do sistema radicular.

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Unidade: Embrapa Mandioca e Fruticultura


 

A carência de nutrientes no solo e a baixa qualidade das pastagens tropicais se tornaram desafios para pesquisadores e produtores. São raros os casos de sucesso com emprego de leguminosas consorciadas com capins nas regiões tropicais, diferentemente do que ocorre na Europa e nos Estados Unidos. Na Amazônia, no entanto, já existem dois casos que merecem destaque: a puerária e o amendoim forrageiro. O uso do amendoim forrageiro para consórcio de pastagens tem sido uma técnica empregada com sucesso no Acre, na Bahia e em Mato Grosso, e também em países como Bolívia, Peru, Colômbia, Costa Rica, Austrália e Estados Unidos.

O primeiro pesquisador a estudar a planta foi Geraldo Pinto, da Comissão Executiva do Plano de Lavoura Cacaueira (CEPLAC) que fez coletas de plantas nativas em 1954, perto da foz do Rio Jequitinhonha, em Belmonte, na Bahia. Desde então, muitos outros pesquisadores se dedicaram ao estudo do amendoim forrageiro.

No Acre, o amendoim apresenta 22% de concentração de proteína, taxa quase três vezes maior que a encontrada normalmente em capins, além de ter uma capacidade de produção de matéria seca em torno de 20 toneladas por ano. Por meio do consórcio de capins e amendoim, somando-se a outras técnicas, pode-se aumentar a capacidade de suporte das pastagens para até três cabeças por hectare.

Trabalhos desenvolvidos pela Embrapa, desde 1997, com pequenos produtores de leite, também têm mostrado que o uso do amendoim forrageiro como banco de proteína quase dobrou a produção de leite das vacas, saindo de 2,5 litros para 4,6 litros por dia.

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Unidade: Embrapa Acre


 

A produção de alho no Brasil divide-se em dois segmentos: os produtores de alho nobre que utilizam cultivares que produzem bulbos de alto valor comercial e com pequeno número de dentes e os produtores de alho comum que plantam cultivares mais rústicas, com bulbos de aparência menos atrativa para o consumidor. Com maior nível de especialização e utilizando alho-semente de boa qualidade em lavouras altamente tecnificadas, os produtores de alho nobre obtêm produtividades superiores a 12 toneladas por hectare. Os produtores de alho comum utilizam o alho-semente dos bulbos pequenos que não conseguem comercializar para formar a lavoura do ano seguinte. Esses bulbos apresentam-se com alto grau de degenerescência causada por deficiências nutricionais, incidência de viroses e outras pragas, resultando em produtividades que não ultrapassam 5 toneladas por hectare.

Pesquisadores da Embrapa Hortaliças estudam, desde 1994, um meio de produzir e levar a esses pequenos produtores de alho comum alho-semente de alta qualidade e livre de vírus. O trabalho passa por uma primeira fase de testes de campo com pequenos produtores da cidade baiana de Cristópolis e já tem resultados significativos, com expectativa de aumento de até três vezes na produtividade das culturas familiares locais, proporcionando ao pequeno produtor condições de disputar uma fatia do mercado mais exigente, dominado por produtores tecnificados.

O programa explica como é feito o trabalho para a obtenção das sementes livres de vírus e como a semente de alho de alta qualidade fitossanitária e fisiológica deve ser produzida na propriedade do agricultor, que em quatro anos poderá substituir toda sua semente tradicional.

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Unidade: Embrapa Hortaliças


 

O Nordeste concentra o maior rebanho de caprinos do Brasil. Do total de 9,5 milhões de cabeças do país, cerca de 93% são criados nos estados nordestinos. Mesmo com esses números expressivos, a região apresenta déficit de carnes caprinas e ovinas. A produção de caprinos no sistema ecológico torna-se uma grande opção para o fortalecimento da agricultura familiar nos circuitos de comercialização agrícola, ao atender demandas dos mercados interno e externo.

O modelo de criação ecológico definido pelos pesquisadores da Embrapa é diferente das práticas tradicionais da pecuária no Semi-Árido. O controle de parasitas, como as moscas, e verminoses, por exemplo, é realizado com receitas homeopáticas, combinado ao tratamento com o Nim (planta de origem indiana) e pó-de-alho. Na limpeza e desinfecção periódicas das instalações aplicam-se cal e creolina. Todas as etapas da produção seguem os princípios e técnicas recomendadas pelas normas de certificação dos produtos orgânicos.

Os animais avaliados pela Embrapa no sistema ecológico atingem peso adequado para abate aos 8,4 meses de idade – 22 kg. É um tempo muito inferior ao registrado no manejo tradicional que costuma acontecer na caatinga: 14-16 meses. Outros bons resultados constatados pelos pesquisadores são a taxa de nascimento de 1,71 crias nascidas/parto; 1,40 matrizes expostas à reprodução e 3% de mortalidade das crias. Os animais avaliados eram "filhos" de reprodutores da raça Bôer com cabras comuns da região semi-árida. No geral, o desempenho alcançado nesse sistema é cinco vezes superior ao registrado nos modelos tradicionais de criação, como revelam as pesquisas da Embrapa Semiárido.

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Unidade: Embrapa Semiárido


 

A região amazônica produz anualmente cerca de 28 milhões de m3 de madeira, atividade que, se feita de forma não planejada, pode causar um impacto negativo ao meio ambiente. Mas na Amazônia brasileira, nos últimos cinco anos, a situação começou a mudar. Empresas madeireiras, com a participação direta da Embrapa Amazônia Oriental, que há mais de 20 anos desenvolve pesquisa na área, passaram a explorar a madeira baseadas em um tripé de preceitos básicos: ser ambientalmente correta, economicamente viável e socialmente justa.Trata-se da Certificação Florestal, um selo concedido pelo FSC (sigla em inglês para a ONG Conselho de Manejo Florestal, que tem sede no México) e que garante a inserção do produto nos mercados mais exigentes da Europa.

Com a tecnologia da Embrapa, a idéia é melhorar a eficiência técnica e econômica das operações florestais em escala industrial (pré-exploração, exploração e pós-exploração), e ao mesmo tempo, reduzir seus impactos ambientais negativos. Isto é conseguido através da utilização de técnicas de Exploração de Impacto Reduzido (EIR).

Com ela, o produtor mantém os mesmos gastos que com o modelo tradicional, mas tem uma floresta produtiva por tempo indeterminado, respeitando o meio ambiente. Além disso, as boas práticas de manejo florestal ajudam a aumentar o número de empregos, a arrecadação de impostos e a fixar o homem na zona rural.

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Unidade: Embrapa Amazônia Oriental


 

Melhores índices de produtividade, redução de custos de produção e adoção de tecnologias são alguns resultados obtidos pelos produtores participantes do "Treino & Visita", sistema de transferência de tecnologia que há 8 anos, a Embrapa Soja vem utilizando no Brasil, depois de ser adaptado da FAO para a realidade do Brasil. O objetivo é diminuir a distância entre pesquisadores, assistência técnica e produtores para fazer chegar aos produtores rurais as tecnologias desenvolvida nas instituições de pesquisa e também se aproximar das necessidades dos produtores.

A transferência de tecnologia é realizada por intermédio de cursos, palestras, dias de campo, excursões e visitas. Pesquisadores treinam especialistas da extensão rural, para que transfiram informações para os técnicos e, posteriormente, essas recomendações selecionadas cheguem ao campo.

"A grande diferença desse sistema é que existe um fluxo de informação constante, ampliando a integração entre a pesquisa, os extensionistas e o produtor", explica Lineu Domit, coordenador do programa na Embrapa Soja. "Depois de fazer uma palestra, por exemplo, existe um acompanhamento do processo de aplicação da tecnologia repassada e avaliação dos resultados obtidos com sua utilização".

O que se percebe nas propriedades assistidas pelo "Sistema de Treino e Visita" é uma crescente adoção de serviços e produtos recomendados pela pesquisa, além de aumento de produtividade e diminuição dos custos de produção. Também ocorre melhoria na conservação do meio ambiente com a implantação de novas técnicas de manejo de solo e do uso racional de fertilizantes, inseticidas, herbicidas e fungicidas.

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Unidade: Embrapa Soja


 

O café brasileiro que possui selo de certificação pode valer, no mercado internacional, até 200% a mais que o produto sem este selo. Por isso, é crescente o número de produtores que buscam a certificação como forma de agregar valor e diferenciar seu produto, o que vem contribuindo para a concretização de um novo paradigma da cafeicultura nacional: o desenvolvimento sustentável. Além do aroma, sabor e aparência são também valorizadas características de segurança alimentar do produto, como a ausência de resíduos tóxicos que possam prejudicar a saúde do consumidor. Estes são fatores que identificam um café de qualidade.

Foto: Feliciano Alves de Araújo.
Café sendo coberto
Uma boa prática agrícola é cobrir o café no terreiro à noite.

Uma das ferramentas utilizadas para melhorar a qualidade do café brasileiro é a Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC), um conjunto de critérios que identifica as etapas do processo que podem comprometer a produção de um alimento com qualidade. O resultado dessa análise, associado a adoção de Boas Práticas de Cultivo e Manejo do Produto assegura a produção de um café de melhor qualidade e, principalmente, maior sanidade.  A sanidade dos alimentos que são produzidos no Brasil é preocupação do Programa de Alimentos Seguros (PAS), lançado pelo governo federal para assegurar a produção de alimentos mais saudáveis no país.

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Unidade: Embrapa Café


 

O aproveitamento dos recursos das propriedades rurais tem sido cada vez mais determinante no resultado econômico e ambiental das produções agropecuárias. O cultivo multifuncional é tecnologia capaz de promover a redução do uso de agrotóxicos, a estabilização das receitas da propriedade durante o ano, o controle de pragas e doenças, a diversificação genética, equilíbrio ambiental e a inclusão produtiva do agricultor familiar. Esta tecnologia propõe o manejo integrado de pragas e doenças, visando à produção integrada de frutas. Para isso, realiza-se o plantio de várias espécies de interesse econômico dispostas em uma mesma área, de forma ordenada, podendo estar integradas fruteiras entre si ou fruteiras com hortaliças.

Foto: Embrapa Cerrados.
Plantação consorciada entre mamão, graviola e maracujá.
Consócio entre mamão, graviola e maracujá potencializa aproveitamento do espaço.

O programa trata dos aspectos do sistema produtivo multifuncional iniciando pela escolha das espécies mais adequadas para este tipo de cultivo. Também trata as especificidades do preparo do solo e da condução das culturas plantadas de forma multifuncional. Por fim, pretende-se demonstrar questões relacionadas com a colheita e a comercialização dos produtos e a adequação deste tipo de cultivo ao sistema de produção familiar.

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Unidade: Embrapa Cerrados


 

A criação de abelhas indígenas sem ferrão para a produção de mel é uma realidade para o agricultor familiar da região nordeste do Pará. É que a Embrapa Amazônia Oriental levou a meliponicultura para comunidades do município de Bragança.A atividade possibilita a diversificação e o melhor uso das terras amazônicas, podendo ser integrada a plantios florestais, de fruteiras, de culturas alimentares, contribuindo até mesmo no aumento da produção agrícola.

Os ecossistemas brasileiros, em especial o amazônico, possuem características que favorecem a criação de abelhas, como o clima quente, flora rica em espécies fornecedoras de mel, pólen e resina e floração mais distribuída ao longo do ano. Além da grande demanda no mercado para esses produtos.

A criação de abelhas nativas é mais adequada à cultura dos agricultores – é mais simples, não oferece perigo (as abelhas não têm ferrão), não exige força física, nem dedicação demorada ao manejo, podendo ser executada por toda a família. A atividade consiste basicamente na construção de caixas, que servem como ninhos, onde as abelhas se reproduzem e produzem o mel.

De acordo com o pesquisador Giorgio Venturieri, doutor em Ecologia, da Embrapa Amazônia Oriental, 70 espécies diferentes de abelhas sem ferrão são conhecidas pela ciência, mas nem todas produzem mel indicado ao consumo humano.

As espécies mais criadas entre os agricultores do nordeste paraense são a Uruçu-amarela (Melipona flavolineata), espécie encontrada em base de troncos de árvores; a Uruçu-cinzenta (Melipona fasciculata), é abundante no mangue e produz mel de excelente qualidade e em boa quantidade; e a Jataí (Tetragonisca angustula), facilmente encontrada porque consegue construir seu ninho em diversos lugares, como dentro de muros e paredes de casas. O mel desta espécie é um dos mais apreciados entre todas as abelhas sem ferrão.

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Unidade: Embrapa Amazônia Oriental


 

A ampliação da consciência ambiental e também o aumento na área plantada com soja orgânica têm levado muitos sojicultores a optar pelo controle biológico da lagarta e do percevejo. O Baculovirus anticarsia, inseticida biológico utilizado no controle da lagarta da soja é tão eficiente quanto o controle químico e já tem a aprovação dos sojicultores brasileiros.

Na última safra, o Baculovirus foi utilizado em 2 milhões de hectares, cerca de 10% da área cultivada com soja no país.  Com isso, eliminou-se a aplicação de cerca de um litro de inseticida/ha.  Atualmente, o Baculovirus está disponível no mercado em formulação em pó, mas também pode ser produzido na propriedade, com coleta e armazenamento de lagartas mortas pelo vírus. Grandes e médios produtores chegam a economizar o equivalente a um carro zero por ano com a aplicação do Baculovirus.

Para muitos sojicultores a utilização da vespinha Trissolcus basalis, inimiga natural dos percevejos, já é uma realidade. Produtores de soja orgânica cadastrados pela Embrapa Soja na última safra receberam pelo correio cartelas de papelão contendo ovos do percevejo com a vespinha incubada. "Em cada hectare aplicam-se três cartelas, mas depois as próprias vespinhas vão se multiplicando no campo, diminuindo a necessidade de introdução dos insetos", explica a pesquisadora Beatriz Corrêa Ferreira.

Desde 1994, a Embrapa Soja orienta e treina produtores paranaenses na montagem de pequenos laboratórios de multiplicação de vespas Trissolcus basalis, utilizadas no controle biológico dos percevejos da soja. Só na Microbacia de Campo Mourão são beneficiados com a tecnologia cerca de 60 agricultores, que produzem soja numa área de 4.100 hectares.

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Unidade: Embrapa Soja


 

As cercas permanentes podem ter seus mourões substituídos por estacas de gliricídia, usadas como mourão vivo. Cada estaca tem a capacidade de enraizar e brotar, formando uma nova árvore que servirá de mourão vivo, substituindo os convencionais. Além da redução da pressão sobre os remanescentes florestais para a obtenção de mourões, esta tecnologia apresenta vantagens como a introdução de nitrogênio através da fixação biológica, reciclagem de nutrientes pela queda das folhas, fonte de forragem em épocas críticas, sombreamento das pastagens, pasto apícola, barreira fitossanitária e "quebra-vento".

Apesar de ser uma idéia bastante antiga, a formação de cercas com mourões vivos tornou-se mais atrativa, recentemente, dentro do cenário agropecuário de escassez de madeira de boa qualidade. Levantamento de custos de implantação de cercas mostram reduções da ordem de 2 a até 6 vezes, quando se compara a cerca de mourão vivo com outros materiais, tomando como base um período de 25 anos de vida útil previsto para a gliricídia quando empregada em cercas. Outro estudo, comparativo entre vários tipos de mourões, mostrou que o custo para a produção comercial de mourão vivo é da ordem de R$ 0,53 (cinquenta e três centavos), muito abaixo dos concorrentes do mercado. Além do aspecto econômico, outros atributos positivos podem ser listados, destacando-se a geração de subprodutos para a propriedade rural, como lenha e forragem, pasto apícola, adubação verde e melhoria estética da paisagem.

A divisão de pastos e a demarcação dos limites das propriedades representam alto custo tanto para os pequenos, médios ou grandes empreendimentos rurais. Antigamente, quando madeira de lei era abundante, o custo do arame pesava mais. Hoje, o custo financeiro maior é do mourão. Além disso, gera impacto ambiental negativo porque é o principal causador do quase desaparecimento de diversas espécies de madeiras de lei tais como a aroeira e a braúna que já estão na lista de espécies ameaçadas de extinção. Sapucaia, ipê, canela preta etc. também já estão desaparecendo, restando como última alternativa o uso de madeiras menos nobres, como o eucalipto, que se não forem tratados com produtos químicos, apodrecem rapidamente.

Por se tratar de material vivo, o que dificulta seu transporte para grandes distâncias, a Embrapa Agrobiologia criou um programa de atendimento baseado no envio, via correio, de kit composto de sementes de G. sepium, inoculante específico e instruções aos agricultores interessados. Desta forma, foram atendidos, até hoje, mais de 500 agricultores, que estão fornecendo informações importantes para a validação desta tecnologia em todo o país. O material tem tido excelente adaptação em todas as regiões geográficas, incluindo Cerrado, sertão, agreste e litoral (no Nordeste), bem como em todos os Estados das regiões Sudeste, Centro-oeste, Nordeste e na maioria dos Estados das regiões Norte e Sul.

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Unidade: Embrapa Agrobiologia


 

A Região Nordeste se destaca na produção de frutos tropicais pelas ótimas condições climáticas, principalmente em temperatura, luminosidade e umidade relativa. Principal produtora de frutas tradicionais como abacaxi, banana, caju, goiaba, manga e melão, a região também tem grande potencial para o cajá, sapoti, acerola, ata e graviola, ainda pouco exploradas.

As perdas em pós-colheita de frutas tropicais tradicionalmente comercializadas atingem entre 20% e 50% do que é produzido. Com as frutas nativas ou exóticas, esses valores podem ultrapassar os 50%.

Diante dessa realidade, a Embrapa Agroindústria Tropical vem trabalhando para reduzir esses prejuízos, e os resultados são considerados expressivos com o caju, que hoje alcança 28 dias de conservação pós-colheita, e com o coco verde, que já chega a 35 dias, abrindo espaço para os mercados interno e externo.

Além das pesquisas com as frutas tradicionais, a Embrapa Agroindústria Tropical tem se voltado para a valorização de frutas nativas e exóticas tanto para a agroindústria como para o mercado de mesa.

Os estudos buscam o desenvolvimento de técnicas adequadas de nutrição mineral e irrigação, controle de patógenos em pré e pós-colheita, e o ponto ideal de colheita para cada espécie. Técnicas de manuseio e de conservação pós-colheita utilizando tecnologias que envolvem refrigeração, atmosfera modificada e aplicação de bloqueador de ação do etileno, hormônio responsável pelo amadurecimento dos frutos, são também utilizadas para a redução das perdas nos pomares.

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Unidade: Embrapa Agroindústria Tropical


 

O Dia de Campo na TV especial fecha a programação anual e exibe algumas das principais reportagens de 2004:

Unidade: Embrapa Informação Tecnológica