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    A Embrapa Agropecuária Oeste, Unidade Descentralizada da Embrapa, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), está localizada em Dourados, Mato Grosso do Sul, Brasil.

    A Unidade foi criada em 13 de junho de 1975, então denominada Unidade de Execução de Pesquisa de Âmbito Estadual - UEPAE de Dourados. Seu objetivo, naquela época, era dar suporte ao desenvolvimento de uma fronteira agrícola de grande potencial econômico que surgia no Sul do Mato Grosso.

    A Embrapa Agropecuária Oeste é uma Unidade de Pesquisa Ecorregional, ou seja, têm sua atuação voltada para o aprimoramento de sistemas de produção das cadeias de produtos agropecuários mais relevantes da sua região de abrangência. Região composta pelo Estado de Mato Grosso do Sul, o oeste do Estado de São Paulo e o noroeste do Estado do Paraná. Seus trabalhos são desenvolvidos de forma integrada, abrangendo as diversas disciplinas das ciências agrárias, tendo como objetivo maior, a sustentabilidade dos sistemas de produção predominantes.

    A Unidade tem como missão viabilizar soluções de pesquisa, desenvolvimento e inovação para a sustentabilidade da agricultura, em benefício da sociedade brasileira. A instituição gera conhecimento, tecnologia e inovação para produção sustentável de alimentos, fibras e agroenergia.

    A Embrapa Agropecuária Oeste desenvolve pesquisas nos principais sistemas de produção sustentáveis, dentre eles destacam-se: sistema plantio direto; integração lavoura-pecuária-florestas (iLPF); manejo integrado de pragas e doenças, cultivos consorciados e sistemas agroecológicos.

    A Embrapa Agropecuária Oeste tem sua importância evidenciada em Mato Grosso do Sul, região caracterizada por apresentar demandas desafiadoras, com inserção de novas culturas e formas de manejo diversificadas, envolvendo ainda pequenos e grandes agricultores. Desta forma, a Unidade busca contribuir com a disponibilização de tecnologias com a sustentabilidade econômica, social e ambiental, por meio de novos modelos de produção na agricultura e pecuária, permitindo ao Brasil produzir mais grãos, fibras e energia sem agredir o meio ambiente e gerando riquezas.

    Destaca-se ainda a contribuição da Unidade para a redução do uso de insumos e diminuição de impactos sobre os recursos naturais, tais como: uso de resíduos e co-produtos; fixação biológica de nitrogênio; organismos multifuncionais; zoneamento de aptidão agrícola e riscos climáticos; comportamento ambiental de agrotóxicos e manejo da irrigação. Estudos de manejo de pragas, doenças e plantas daninhas; adubação e nutrição mineral fazem parte das pesquisas conduzidas na Unidade.

    Além dessas, novas oportunidades de pesquisas com culturas agroenergéticas (cana-de-açúcar, sorgo sacarino e oleaginosas de inverno), com aquicultura, agroecologia e agricultura orgânica, cultura da mandioca, balanço de carbono e gases do efeito estufa e viabilidade econômica também fazem parte da matriz de PD&I da Unidade.

    A Embrapa Agropecuária Oeste mantém forte parceria com as Universidades, Organização de Produtores, Agências de Desenvolvimento Rural, com organizações estaduais de pesquisas, com fundações de apoio a pesquisa, com órgãos e instituições dos três níveis de governo e com várias Unidades da Embrapa, o que propicia condições para o alcance dos objetivos e metas e, consequentemente, o desenvolvimento de tecnologias que proporcionam melhores condições de vida para a sociedade.

    Outro destaque são os avanços e as contribuições que a Unidade tem proporcionado, por meio de suas pesquisas, em relação ao Zoneamento de Risco Agroclimático (ZARC). O ZARC é um instrumento de política agrícola e gestão de riscos na agricultura. Trata-se de um estudo elaborado com o objetivo de minimizar os riscos relacionados aos eventos climáticos extremos e permite a cada município identificar a melhor época de semeadura das culturas nos diferentes tipos de solos e ciclos de cultivares. Diversas reuniões estão sendo realizadas com o setor produtivo de algumas culturas, tais como cana-de-açúcar, milho e soja, visando a validação dos resultados dessas pesquisas.