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08/11/19 |   Integrated Pest Management

Embrapa realiza segundo curso de controle biológico em Sete Lagoas

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O Manejo Integrado de Pragas (MIP) desempenha um papel fundamental no controle dos principais insetos-pragas de cada cultura. O MIP pode ser definido como o uso de várias técnicas de controle de insetos, que incluem a utilização de produtos químicos, tratos culturais e controle biológico.

Para falar e ensinar um pouco mais sobre o controle biológico de pragas, os pesquisadores Ivan Cruz e Fernando Hercos Valicente, da Embrapa Milho e Sorgo, ministraram, em Sete Lagoas, Minas Gerais, o curso "Insumos biológicos: produção e uso de macro e microrganismos para o controle econômico de insetos".

O objetivo deste evento, realizado na terceira semana de outubro, foi intensificar as atividades de transferência de tecnologias e ampliar o conhecimento e a adoção de procedimentos sustentáveis, por meio da capacitação de multiplicadores nestes conceitos e práticas. Participaram agricultores, estudantes, profissionais do ensino, consultores, agentes de extensão rural e investidores de várias regiões do Brasil.

O pesquisador Ivan Cruz abordou os desafios e as oportunidades do controle biológico de pragas. "A nossa ideia é oferecer atividades práticas. A lagarta-do-cartucho hoje é mais desafiadora na África, mas já se manifesta em outros países. A possibilidade de usar o controle biológico é uma alternativa, e o grande desafio é a implantação de biofábricas", ressaltou.

Ivan e seus colaboradores ensinaram como aplicar o controle biológico, independentemente da população da praga, e como fazer a liberação de insetos benéficos ou macrorganismos adquiridos de biofábricas comerciais. Falaram também sobre a tomada de decisão para que o agricultor saiba quais insetos benéficos utilizar, a quantidade a ser usada e o intervalo de liberação no campo.

Já o pesquisador Fernando Valicente e sua equipe abordaram o uso de microbiológicos baculovírus e Bacillus thuringiensis no controle de pragas: caracterização, modo de ação e mercado.  

Segundo Fernando, quem está neste ramo de serviço de controle biológico de pragas nunca deixará de ter trabalho. "O Brasil é um país de clima quente, tropical, com áreas de cerrado cultiváveis e áreas de fronteiras agrícolas como o Matopiba (região que compreende parte dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), Rio Verde, em Goiás, e outras. São grandes extensões de áreas cultivadas, onde a lagarta pode se adaptar, em diferentes culturas, durante o ano todo. Considerando que são realizados três plantios anuais, mais a ponte verde que se estabelece entre as propriedades vizinhas, os insetos têm muito alimento. Assim, em regiões quentes, o posicionamento do produto deve ser preciso".

Fernando ressaltou também que o clima é um fator que desperta muita atenção quando se fala de pragas e culturas. "O clima é incontrolável pelo agricultor. Outro desafio é a forma correta de fazer a aplicação do produto. Este posicionamento é o que mais implica a efetividade do controle de pragas".

A programação incluiu também matérias sobre a administração e a produção de agentes de controle biológico em laboratórios e biofábricas. O agricultor e agrônomo Adalberto Pereira Lima, de Fortaleza-CE, conta que há dois anos utiliza o controle biológico em suas lavouras de sorgo e caju.  "O nosso principal desafio é ter uma biofábrica, de acordo com as orientações técnicas da Embrapa, por isso viemos aqui adquirir mais conhecimento para aprimorar o uso da tecnologia. Já usamos o Bacillus thuringiensis. A gente sabe que dá certo, mas podemos melhorar o controle e o monitoramento. Assim como ensinou o Valicente, não podemos só adquirir o produto. Temos que usá-lo corretamente para obtermos melhores resultados", disse Adalberto.

Para o consultor Fábio Fernandes Pereira, do Mato Grosso, além de aprender sobre as tecnologias de controle biológico de pragas, participar do treinamento é importante para atualizar os contatos e saber as experiências dos colegas. "Eu vim para aperfeiçoar o trabalho que já realizo em campo com micro e macrorganismos para controle biológico de pragas e assim otimizar os resultado. Além disso, o network com as pessoas que vêm de várias regiões do País possibilita agregar as estratégias adotadas por eles e isto enriquece ainda mais o aprendizado".

A engenheira florestal Ana Luiza Puntel Mota veio de Belo Horizonte, onde trabalha na biofábrica de joaninhas e crisopídeos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente da prefeitura. Sua função é distribuir os insetos benéficos e promover o conhecimento sobre o controle biológico.  "As instalações da biofábrica são adequadas às normas. Nosso objetivo principal é o controle biológico de pragas em áreas verdes e hortas urbanas, para atender as necessidades do município. Prestamos este serviço ambiental e de atendimento ao cidadão".

Sandra Brito (MG 06230 JP)
Embrapa Milho e Sorgo

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